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Rui Peres Jorge

Sobre Rui Peres Jorge

Rui Peres Jorge é jornalista da secção de Economia do Negócios e editor do “massa monetária”. Começou no Semanário Económico em 2002. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e pós-graduado em Contabilidade Pública, Finanças Públicas e Gestão Orçamental pelo IDEFE/ISEG, duas das suas áreas de especialização em jornalismo. Conta com cursos de formação em jornalismo económico na Universidade de Columbia em Nova Iorque (Citi Journalistic Excellence Award, 2009) e em jornalismo no Committee of Concerned Journalists em Washington (Bolsa da FLAD, 2010). Ganhou vários prémios na sua área de especialização. Lecciona a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.

Mas então… e o juro?

04/05/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Muitos avaliadores internacionais (e não só) tendem a dizer que Portugal se tornou na última década um país créditodependente.

 

A multiplicidade de avaliações que já foram feitas sobre o acordo sem saber – nem questionar – a taxa de juro que se aplica a um empréstimo de 78 mil milhões de euros parecem dar, infelizmente, razão aos avaliadores. É que o crédito não é bom a qualquer preço. Excepto para um viciado.

O FMI não manda aqui


Colocado por: Rui Peres Jorge

O acordo anunciado ontem pelo primeiro ministro, que entretanto parece merecer o apoio dos principais partidos, e que, segundo Francisco Assis, quase ameaçou gerar euforia em Portugal, consubstancia a supremacia da Comissão Europeia sobre o FMI no processo negocial das últimas três semanas. Ajustamento será feito em pouco tempo e taxa de juro deve manter-se elevadas. A Comissão parece ter-se inspirado na famosa frase: o FMI não manda aqui.

(alegadas?) consequências económicas da morte de Bin Laden

02/05/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Como sempre é nosso hábito, os jornais de economia rapidamente procuraram um ângulo económico sobre o acontecimento do dia: a morte de Osama Bin Laden.

 

Passando à frente de convidativas considerações sobre principios morais e de bom gosto do mercado (e dos jornais), é mais dificil resistir a parar uns momentos nas (alegadas?) consequências económicas da morte do líder da Al-Quaeda veiculadas pela imprensa especializada. Há de tudo: de convites à compra de acções em Lisboa e na Europa, à capacidade de sustentação do maior mercado bolsista do mundo (pelo oitava sessão consecutiva); da possibilidade de “continuar a capitalizar noticias positivas” ao receio de que “surjam actividades de retaliação dos seus apoiantes”; da euforia dos investidores em acções ao medo dos investidores em petróleo.

 

Tirar conclusões desta sequência não é fácil, mas ao ler os jornais é inevitável um sentimento de insegurança provocado, não exactamente (ou apenas) pela morte de Bin Laden, mas pelas associações, certezas e contradições dos mercados e dos jornais.