Vale a pena baixar a TSU?
1. Zona Euro pede garantias para aumentar pacote de ajuda à Grécia (Negócios)
2. Grécia vai mesmo precisar de mais ajuda (FT)
3. Irlanda só terá sucesso se reestruturar a dívida, diz Morgan Kelly (Irish Times)
4. Vítor Bento diz que redução de TSU deve ser de, pelo menos, 5% (Sedes)
5. A TSU é ineficaz e não ataca o problema necessário, diz Galamba (Jugular)
Défice de mais de 10%… será que lhe fugiu a boca para verdade?
O FMI garante que foi engano e o mais provável é que tenha mesmo sido. Mas dados os receios da troika relativamente às contas públicas portuguesas – que justificam as várias auditorias às contas públicas determinadas para os próximos meses – nunca se sabe…
Fonte: Yannis Kontos/Bloomberg
Mas então… e o juro?
Muitos avaliadores internacionais (e não só) tendem a dizer que Portugal se tornou na última década um país créditodependente.
A multiplicidade de avaliações que já foram feitas sobre o acordo sem saber – nem questionar – a taxa de juro que se aplica a um empréstimo de 78 mil milhões de euros parecem dar, infelizmente, razão aos avaliadores. É que o crédito não é bom a qualquer preço. Excepto para um viciado.
O FMI não manda aqui
O acordo anunciado ontem pelo primeiro ministro, que entretanto parece merecer o apoio dos principais partidos, e que, segundo Francisco Assis, quase ameaçou gerar euforia em Portugal, consubstancia a supremacia da Comissão Europeia sobre o FMI no processo negocial das últimas três semanas. Ajustamento será feito em pouco tempo e taxa de juro deve manter-se elevadas. A Comissão parece ter-se inspirado na famosa frase: o FMI não manda aqui.
(alegadas?) consequências económicas da morte de Bin Laden
Como sempre é nosso hábito, os jornais de economia rapidamente procuraram um ângulo económico sobre o acontecimento do dia: a morte de Osama Bin Laden.
Passando à frente de convidativas considerações sobre principios morais e de bom gosto do mercado (e dos jornais), é mais dificil resistir a parar uns momentos nas (alegadas?) consequências económicas da morte do líder da Al-Quaeda veiculadas pela imprensa especializada. Há de tudo: de convites à compra de acções em Lisboa e na Europa, à capacidade de sustentação do maior mercado bolsista do mundo (pelo oitava sessão consecutiva); da possibilidade de “continuar a capitalizar noticias positivas” ao receio de que “surjam actividades de retaliação dos seus apoiantes”; da euforia dos investidores em acções ao medo dos investidores em petróleo.
Tirar conclusões desta sequência não é fácil, mas ao ler os jornais é inevitável um sentimento de insegurança provocado, não exactamente (ou apenas) pela morte de Bin Laden, mas pelas associações, certezas e contradições dos mercados e dos jornais.