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Rui Peres Jorge

Sobre Rui Peres Jorge

Rui Peres Jorge é jornalista da secção de Economia do Negócios e editor do “massa monetária”. Começou no Semanário Económico em 2002. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e pós-graduado em Contabilidade Pública, Finanças Públicas e Gestão Orçamental pelo IDEFE/ISEG, duas das suas áreas de especialização em jornalismo. Conta com cursos de formação em jornalismo económico na Universidade de Columbia em Nova Iorque (Citi Journalistic Excellence Award, 2009) e em jornalismo no Committee of Concerned Journalists em Washington (Bolsa da FLAD, 2010). Ganhou vários prémios na sua área de especialização. Lecciona a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.

Será que o BCE deixará Portugal para trás?

08/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Cadeira de Mario Draghi na sala de conferências de imprensa em Frankfurt Fonte: Hannelore Foerster/Bloomberg
 

 

A recém anunciada disponibilidade do BCE para intervir nos mercados de dívida pública da Zona Euro foi vista como uma ajuda importante para o regresso de Portugal aos mercados até ao final de 2013. Recordem-se, por exemplo, as palavras do Presidente da República quando, no início de Agosto, saudava as declarações de Mario Draghi a favor da intervenção do BCE, e questionava “porque não o BCE começar a aplicar já aos títulos da dívida pública da Irlanda e de Portugal a orientação anunciada pelo seu presidente?”. Pois bem, dois meses volvidos as notícias não são animadoras. O BCE não comprou dívida até agora, nem o deverá fazer em breve ou sequer até à entrada de Portugal nos mercados por si, como escrevemos hoje no Negócios. Vejamos o que disse Draghi sobre o assunto.

Da sensibilidade de Passos a Cavaco


Colocado por: Rui Peres Jorge

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Passos Coelho em entrevista em a 5 de Maio de 2012 Fonte: Mario Proenca/Bloomberg

 

A julgar pela sequências de afirmações do primeiro ministro após declarações do Presidente da República há uma coisa de que não se pode acusar Passos Coelho: de fazer orelhas moucas às palavras de Cavaco Silva. O mais recente exemplo foi o discurso do 5 de Outubro…

Será…que o Governo trocou corte na despesa por mais impostos?

04/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Bandeira portuguesa num barco “Rabelo” no Douro Fonte: Mario Proenca / Bloomberg

 

Há qualquer coisa que não bate bem nas contas que o Governo apresentou esta semana, só não se sabe bem o quê – o que em parte decorre do Ministério das Finanças considerar legítimo apresentar ao País um dos maiores aumentos de impostos de sempre sintetizado em meia dúzia de slides explicados de forma muito deficiente. Olhando para os dados disponíveis parece provável que o Executivo tenha trocado cortes de despesa em 2013 por aumentos de impostos. Ou então, que tenha efectivamente aumentado o pacote de austeridade à boleia do recuo na TSU. Senão vejamos.

O fantasma da Grécia paira sobre Portugal

25/09/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Como o Negócios notou pela manhã o recuo do Governo na TSU correu o mundo e pintou um quadro negativo sobre o ajustamento português: o Governo sai fragilizado e o próprio sucesso do programa de ajustamento começa a ser posto em causa. O FT chama-lhe um recuo embaraçoso. O El País classifica a medida abandonada como uma “experiência social” e diz que a coligação esteve por um fio. O Wall Street Journal considera que a aplicação de medidas de austeridade adicionais está agora mais difícil. E Ambrose Evans-Pritchard defende que Portugal entrou numa nova fase da crise. O fantasta da Grécia começa a pairar sobre Portugal. A piorar o cenário está a envolvente externa que piora a cada dia. A S&P reviu em baixa as previsões de crescimento para a Zona Euro e para Espanha e avisa que os problemas de liquidez resultarão em recessão certa em Portugal. Ontem, Christine Lagarde apontou para uma revisão em baixa do crescimento mundial por parte do FMI. Além disso, estamos também a ler:

 

2) Inside Mario Draghi's euro rescue plan. A Reuters faz um viagem aos bastidores da tomada de decisão do BCE em comprar dívida pública europeia.

 

3) Central Banks on the Offensive?. BCE, Fed e Banco do Japão anunciaram recentemente medidas anti-crise. Será que estão coordenados? No Project Sydicate Jean Pisani-Ferry diz que, infelizmente, não. 

Recessão trama défice


Colocado por: Rui Peres Jorge

O buraco com IVA, IRC e Segurança Social continua a aumentar. Os últimos dados da Direcção-geral do Orçamento reflectem bem as dificuldades orçamentais que Portugal enfrenta. Filipe Garcia, da IMF, avisa para o aumento do peso da dívida pública no PIB e defende que, para as empresas, as dificuldades de liquidez são um problema maior que a pressão negativa sobre a procura interna decorrente das medidas de austeridade. José Miguel Moreira do Montepio salienta que os resultados orçamentais só não foram piores porque um efeito de calendário favoreceu a receita de IRS. A recessão acabou por prejudicar a consolidação orçamental. Paula Carvalho, do BPI, frisa que, mais uma vez, Portugal só conseguirá atingir os objectivos orçamentais através através de receitas extraordinárias, mas evidencia também alguns aspectos positivos: o pagamento de dívidas atrasadas e maior transparência.          

    

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.