Posts do Autor: Pedro Romano

Default dos PIIGS cada vez mais próximo

11/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

O “default” da Grécia, Irlanda, Portugal, Itália e Espanha está cada vez mais próximo. Graças à Reuters, agora está à distância de um clique. Basta consultar uma nova aplicação e pôr os investidores (e a banca…) a sofrer.

 

O programa fornece dados relativos aos cinco países mais “stressados” da Zona Euro. A ideia é seleccionar a percentagem da dívida a que quer aplicar o “haircut” e escolher o rácio de capital desejado (Core Tier One). O programa diz-lhe automaticamente quantos bancos precisam de se recapitalizar e o montante global em falta.

 

 

O Nobel da Economia em entrevista

10/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

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Já há Nobel da Economia. Os laureados deste ano são Thomas Sargent e Christopher Sims, pela “pesquisa empírica no domínio da causa e efeito na macroeconomia”. Vale a pena reler esta longa entrevista dada por Sargent há pouco mais de cinco anos, em que o economista fala da sua investigação. Aviso: a entrevista, de 27 páginas, é um pouco técnica. Além disso, também estamos a ler:

 

2. Paul Krugman fala sobre o “eterno” problema dos modelos económicos. IS-LMentary é uma explicação do modelo mais simples de análise macroeconómica (The Conscience of a Liberal)

 

3. A importância de Wall Street para a criação de Sillicon Valley's. Não é assim tanta, diz alguém que já lá trabalhou: James Kwak (Baseline Scenario).

Quem disse que a economia não era flexível?

04/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

Durante os últimos anos gerou-se um debate acerca de qual défice deveria ser a prioridade política do Governo: o défice orçamental, que foi reduzido pouco a pouco mas que se manteve persistentemente acima do valor estabelecido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC); ou o défice externo, que atingiu valores estratosféricos – chegar aos 10% tornou-se comum – mas que foi recorrentemente desvalorizado pelos partidários da “doutrina Constâncio”, segundo a qual os saldos externos não têm importância no contexto de uma União Monetária.

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Depressão. É oficial

03/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

12,6%. É esta a redução do Produto Interno Bruto grego entre 2007 e 2012, caso se confirmem as previsões macroeconómicas do Governo de Atenas. Seja qual for a definição – quebra do PIB superior a 10% ou três a quatro anos de contracção económica -, já é oficial: a Grécia está em depressão. 

Países periféricos: vítimas ou culpados?

29/09/2011
Colocado por: Pedro Romano

O post no The Street Light já tem uns dias, mas continua actual: o que é que causou a crise do euro? O autor contrapõe duas explicações antagónicas – foi o comportamento “irresponsável” da periferia ou factores “sistémicos” inerentes à formação da união monetária?

 

Sobre o mesmo tema, mas concentrado em Portugal, António Borges, director do departamento Europeu do FMI, escreve hoje um artigo de opinião na revista Exame onde faz um diagnóstico aos desafios nacionais, enquadrando-o numa lógica de “privilégios” excessivos em Portugal. O resumo publicado pela revista não expõe ou arrisca quais são estes privilégios, para além do desequílibrio macroeconómico que resulta de níveis de despesa acima do rendimento ao longo da década do euro, o qual terá de ser combatido por uma desvalorização interna, que o departamento de Borges tem defendido que aconteça por via da desvalorização fiscal (corte na TSU e aumento de IVA). Esta é uma hipótese que está a perder apoio, mesmo dentro do FMI, com a instituição já a admitir ceder. Além disto, estamos ainda a ler:

 

2. A previsão mais errada do século, por Matthew Philips. Não, o mundo não vai continuar americano (no Freakonomics).

 

3. Uma entrevista a Daren Acemoglu, provavelmente o economista mais versátil da actualidade. Uma conversa longa e profunda acerca de regulação bancária, desigualdade, desemprego, crescimento económico, economia política, instituições e habitação (no The Region).

 

4. Desta vez não é diferente, por Murat Tasci. O investigador da Fed olha para os níveis de emprego e conclui que a “jobless recovery” era expectável tendo em conta a recuperação também anémica do PIB americano (Banco da Fed de Cleveland)

 

5. Lucas diz que na Europa os altos impostos prejudicam o esforço de trabalho. Interessante, mas aparentemente falso (Antonio Fatas)

 

6. Lições da crise japonesa, segundo Richard Koo (Ladrões de Bicicletas)

 

7. A inflação como imposto (Cachimbo de Magritte)

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