Trichet – um mandato falhado?
Dean Baker analisa o mandato de Jean-Claude Trichet à frente do BCE e “arrasa” com a prestação do francês. Para Baker, só uma avaliação muito restrita (inflação) permite dar boa nota ao homem que conduziu o euro durante grande parte da década anterior. De resto, Trichet limitou-se a ver a economia europeia afundar, sem “alertar” para as bolhas na habitação espanhola e irlandesa (no Guardian). Além disto, também estamos a ler:
1. Cristina Kirchner's Choice , por Roberto Guareschi. Uma análise da vitória da líder argentina e do que significam as suas políticas económicas para o futuro do país sul-americano (no Project Syndicate).
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Já não há gorduras no Estado
Ou, se as há, não é fácil descobri-las. Esta é, pelo menos, a primeira leitura a fazer do Orçamento do Estado de 2012, apresentado na semana passada ao Parlamento. O Governo tinha anunciado durante a campanha que queria colocar a “máquina” do Estado a gastar menos, mas o OE, que detalha as medidas já conhecidas e revela um conjunto de medidas adicionais, parece apontar numa direcção bem diferente.
Ainda o caso islandês
A Islândia, que tem tentado “driblar” a crise através da desvalorização da moeda, volta a ser tema de destaque no blogue de Krugman. O economista volta à carga e defende que ter moeda própria é uma forma muito mais eficaz – e menos dolorosa – de restabelecer o equilíbrio de uma economia sobrevalorizada. Why not the worst, por Paul Krugman (The Conscience of a Liberal). Também estamos a ler:
Crime, unemployment and peer effects, por Chris Dillow. Um post acerca da razão pela qual o crime não tem subido tanto quanto seria de esperar tendo em conta o desemprego, e um alerta para o futuro (Stumbling and Mumbling)
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Os empregos que vão penar
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O primeiro-ministro, Passos Coelho, justificou o corte salarial da função pública (até dois dos 14 salários para quem ganha mais de 1000€ mensais) com o cada vez mais célebre estudo do Banco de Portugal Wages and Incentives in the portuguese public sector. O estudo mostra que, em 2005, os funcionários públicos ganhavam, em média, mais 17% do que os trabalhadores do sector privado. Este valor refere-se ao “wage gap” depois de controladas as características dos trabalhadores (escolaridade e qualificações). Quando se leva em conta as horas trabalhadas, o prémio passa para mais de 25%. Não são levadas em conta outras características do trabalho, como a facilidade de progressão ou estabilidade de emprego.
Os contributos do Nobel para a economia
David Glasner explica em que consiste o contributo do Nobel Thomas Sargent para a Teoria Económica. Uma explicação simples e intuitiva da ligação entre os seus trabalhos e as célebres Expectativas Racionais, que já tinham valido o prémio a Robert Lucas (no Uneasy Money). Além disso, também estamos a ler:
1. Os contributos do outro Nobel, Sims, por Mark Thoma (I e II). A explicação é bastante mais técnica do que a anterior (no Economist's View).
2. Desemprego em massa para durar. Chris Dillow explica por que é que o debate no Reino Unido acerca de como baixar o desemprego é, em larga medida estéril. Com algumas contas simples, é possível chegar à conclusão de que o desemprego elevado só será reduzido se o Reino Unido conseguir crescer a 3,7% (no Stumbing and Mumbling).
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