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Nuno Aguiar

Sobre Nuno Aguiar

Nuno Aguiar, nasceu em 1987 e licenciou-se em jornalismo pela Universidade Nova. Começou a fazer jornalismo em 2009 no jornal i e em 2011 foi contratado pelo Dinheiro Vivo onde trabalhou até integrar a equipa do Negócios em Setembro de 2012. Em 2015 publicou o livro "Os Números da Nossa Vida". Escreve regularmente sobre temas macroeconómicos.

Reacções dos economistas: Preço da cerveja dispara com o Mundial

10/07/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

Em Junho, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi -0,4%. Miguel Moreira sublinha que é um resultado mais negativo do que o mercado esperava (-0,2%). Ainda assim, identifica uma tendência contrária: o aumento do preço da cerveja, provavelmente relacionado com a Copa do Mundo. Filipe Garcia, do IMF, não antecipa uma inversão desta tendência nos preços.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

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Reacções dos economistas: Outra vez a refinaria…


Colocado por: Nuno Aguiar

As exportações portuguesas de bens tiveram uma queda homóloga de 3,6% em Maio, enquanto as importações avançaram 1,9%. Miguel Moreira, do Departamento de Estudos do Montepio, refere que depois dos bons resultados até Janeiro de 2013, o saldo comercial tem evidenciado “uma tendência levemente descendente”. Já Filipe Garcia, do IMF, destaca o impacto negativo do encerramento da refinaria da Galp.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

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Reacções dos economistas: Continua o ruído da Galp no PIB

09/06/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

O PIB português cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2013, reflectindo um abrandamento das exportações e um crescimento das importações. A procura interna continua a dar boas notícias, principalmente o investimento, em que o reforço de stocks teve um impacto decisivo.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

 

Paula Carvalho – Economista-chefe do BPI

 

1. A economia registou uma queda menos acentuada do que o reportado na estimativa rápida do INE, o que constitui uma boa notícia. Foi um período muito influenciado pela actuação da GALP, com impacto pelo menos nas exportações (vendeu-se menos combustível refinado), nas importações (de combustível refinado em substituição da produção interna e possivelmente de petróleo em bruto, dado que não se interromperam os fornecimentos), e no investimento (com acumulação de stocks muito influenciados pelos produtos petrolíferos, segundo o INE). Sobretudo, deve tentar fazer-se uma leitura sem o ruído destes impactos, que em nosso entender, continua globalmente positiva ainda que muito moderada. Ou seja, não alteramos a previsão de crescimento do PIB de 1% este ano, sendo possível uma revisão em alta dependendo da confirmação de algumas tendências.

 

2 – Há vários desenvolvimentos favoráveis a destacar: o investimento em maquinaria e equipamento, excluindo automóveis, aumentou em termos homólogos pelo terceiro trimestre consecutivo. Excluindo o contributo da variação de stocks, a procura interna gerou um contributo de 1.2 p.p para o PIB, maior que o contributo do trimestre anterior (0.9 p.p). O consumo de bens correntes não alimentares e serviços, aumentou ligeiramente, interrompendo quedas que se repetiam desde finais de 2010.

 

3 – Em resumo, importa sobretudo acompanhar a informação relativa ao comércio internacional – até Abril, as exportações de mercadorias excluindo combustíveis aumentaram 4.6% -, as tendências relativas à formação bruta de capital e os índices de confiança de uma forma global. Destacaria recentemente o Indicador de sentimento económico da EU que revela melhorias transversais aos vários sectores; e a aceleração da produção industrial em Abril, traduzindo bons sinais pelo lado dos indicadores da oferta agregada.

 

Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica

 

1 – No 1.º trimestre de 2014, a economia portuguesa contraiu 0.6% face ao trimestre anterior, evoluindo abaixo da sua dinâmica recente e interrompendo três trimestres com crescimento em cadeia. Em termos homólogos, o crescimento do PIB manteve-se positivo (1.3%) se bem que em desaceleração face ao 4.º trimestre de 2013 (1.5%). Houve uma ligeira correcção em alta de 0.1 pontos percentuais face à estimativa rápida, muito por efeito de recálculo dos deflactores.

 

2 – Apesar de globalmente desfavoráveis, estes dados não colocam em causa as perspetivas de recuperação da economia portuguesa ao longo de 2014. O consumo privado regressou ao crescimento trimestral positivo (0.2% ou 0.9% em termos anualizados). Mesmo as exportações, que contraíram 1.9% face ao último trimestre de 2013, o que é preocupante, permaneceram com um crescimento homólogo elevado (4.3%) face às outras componentes da despesa e alinhado com a respectiva média histórica.

 

3 – O investimento (FBCF) contraiu 4.2% em cadeia o que evidencia a dificuldade deste agregado em abandonar os mínimos históricos observados há exactamente um ano (a variação homóloga foi de apenas 1.7%). Porém, a formação bruta de capital aumentou 1.3% face ao último trimestre na sequência de um aumento expressivo nas existências que contribuíram 1.6 pontos percentuais para o crescimento homólogo do PIB. A evolução do investimento tem, assim, leituras contraditórias mas o NECEP continua à espera de observar a recuperação desta variável nos próximos trimestres.

 

4 – As importações foram a componente da despesa com maior variação homóloga (8.5%). Em condições normais, este crescimento reflectiria também a recuperação do investimento e do consumo privado mas, no primeiro trimestre, pode ter sido muito afetado pela variação de existências. As necessidades líquidas de financiamento regressaram a um valor ligeiramente positivo também em resultado do mesmo tipo de efeitos pontuais.

 

5 – A leitura dos dados das contas nacionais trimestrais é dificultada por efeitos de deflatores, de calendário e outros de natureza operacional. Os sinais de crescimento, apesar de ténues são claros, e manifestam-se na evolução do consumo privado. Para além do abrandamento das exportações, as hesitações que o processo de formação de capital fixo continua a evidenciar merecem uma atenção continuada. Serão estes dois agregados que irão condicionar as perspectivas do NECEP sobre a evolução da economia nos próximos trimestres.

 

Filipe Garcia – Informação Mercados Financeiros

 

1 – Confirma-se o essencial da estimativa rápida, sendo que se destaca a contracção em cadeia, mesmo que a variação homóloga seja positiva. Segundo o INE, essa contracção teve como origem o abrandamento nas exportações, uma situação que corrobora os indicadores já conhecidos da produção industrial e do comércio externo. Quando se depende mais das exportações para crescer, o PIB pode tornar-se mais volátil por depender mais da procura externa. Por outro lado, no caso concreto de Portugal, a concentração de um grande volume de exportações em algumas grandes empresas faz com que as variações de vendas de uma empresa em concreto tenham grande impacto nos números finais.

 

2 – Os números também foram desapontantes em alguns países da Europa, nuns casos devido às questões relacionadas com a energia, noutras em reflexo do desempenho da indústria. Mesmo o crescimento na Alemanha de 0.8% teve sobretudo como origem a procura interna e o Inverno pouco rigoroso na Europa e não a indústria ou a procura externa.

 

4 – Pela positiva há que notar o crescimento da procura interna, o que é um sinal de normalização da economia. Só que, quando a procura interna avança, o mesmo acontece com as importações, prejudicando a balança comercial. Há vários sinais de estabilização da economia portuguesa, mas sem motivos para grandes festejos. Continuamos com a opinião que 2014 será um ano de crescimento, mas muito moderado e dependente da procura externa.

Piketty vs Colbert

04/06/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

 

O economista do momento foi ao templo do neoliberalismo falar sobre o seu livro “Capital no Século XXI”. No Colbert Report, Thomas Piketty explicou tentou explicar o melhor possível r > g, mas a personagem de Stephen Colbert deu poucas hipóteses.

 

A apresentação inicial marcou o tom da entrevista: “O livro põe a nu a desigualdade salarial. Mas não se preocupem. Por 40 dólares, os pobres nunca vão saber.”

 

Em 2015, Stephen Colbert vai substituir David Letterman no “Late Show” da CBS, um dos mais prestigiados programas da televisão nacional norte-americana. A personagem que encarna no Colbert Report é a de um conservador neoliberal.

 

McSalários: Governo assina protocolo de emprego, enquanto mundo protesta

20/05/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

O timing é no mínimo estranho. O Governo assina esta tarde um protocolo de emprego com o McDonald’s, menos de uma semana depois de os trabalhadores da cadeia de restaurantes (e de outras empresas de “fast food”) terem iniciado uma onda de greves e protestos em 150 cidades dos Estados Unidos e outros 33 países por todo o mundo, reivindicando melhores salários.

 

Fast-Food Strikes in 50 U.S. Cities Seeking $15 Per HourTrabalhador do McDonald’s, em protesto em Los Angeles, em Agosto do ano passado. Fonte: Patrick Fallon/Bloomberg

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