A vingança de Grillo: veja a piada que o expulsou da TV italiana
O excelente resultado de Beppe Grillo nas eleições legislativas italianas carrega uma dose significativa de ironia, com uns pozinhos de justiça karmica. Apenas três anos depois de ter criado o “Movimento 5 Estrelas”, o ex-comediante transformou-o no maior partido de Itália, conquistando mais de um quarto dos eleitores e tornando-se na força política chave para decidir o futuro de Itália.
Grillo correu contra os esforços de austeridade, propondo reformas do sistema político e um referendo à saída do euro. Recheados de sátira e populismo, os seus comícios misturam política económica e stand up, propostas sérias com manguitos aos outros candidatos. No entanto, a sua grande bandeira é a luta contra a corrupção. Curiosamente, foi exactamente esse o tema que fez com que fosse expulso da televisão pública italiana há quase 27 anos.
Os mais protegidos do desemprego? Mais de 45 anos e no quadro
Os últimos dados do INE mostram um cenário absolutamente desolador no
mercado de trabalho português, com a maior destruição trimestral de
emprego desde a chegada a troika a Portugal e um novo máximo de 16,9% da
taxa de desemprego. Em apenas três meses, desapareceram 125 mil postos
de trabalho. O fenómeno foi transversal a quase toda a sociedade, com
algumas excepções. Uma delas é especialmente interessante de analisar: o
número de empregos ocupados por quem tem mais de 45 anos e está
integrado nos quadros da empresa aumentou ligeiramente no último
trimestre de 2012, face ao mesmo período do ano anterior (0,2%). Este
segmento representa um terço da totalidade do emprego por conta de
outrem.
A Grécia em (dolorosas) percentagens
Consumo está a sofrer forte quebra na Grécia. Fonte: Kostas Tsironis/Bloomberg.
Por vezes, uma percentagem vale por mil palavras. Um inquérito realizado por uma confederação empresarial de PME revela as dificuldades em que as sucessivas vagas de austeridade estão a colocar a população grega. Os números são directos e suficientemente ilustrativos.
Nova cisão na zona euro: advogados VS economistas
Wolfgang Schäuble exerceu advocacia durante seis anos. Fonte: Joshua Roberts/Bloomberg
Depois de alemães contra gregos, portugueses contra finlandeses, FMI contra Comissão Europeia e jovens contra velhos, emerge uma nova cisão na zona euro: advogados contra economistas. A acreditar na notícia da “Der Spiegel” (aqui no original), a formação profissional dos líderes europeus parece suscitar provocações nos bastidores da resolução da crise da moeda única.
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Democracia garante mais crescimento?
A resposta simples é “não”. Pelo menos segundo as conclusões do recente paper de Caroline Freund e Mélise Jaud. Calma, calma, não comece já a insultar-nos. Leia até ao fim.
As autoras, ambas do Banco Mundial, admitem que a literatura aponta duas conclusões distintas: comparações entre países mostram que não há impacto, estudos país-a-país mostram que existe uma correlação positiva. Freund e Jaud argumentam que os resultados mais positivos registados depois de uma transição para a democracia não se devem à alteração política, mas sim à própria mudança de regime. Utilizando um universo de 90 tentativas de democratização, observam que 45% são bem sucedidas, 40% falham e 15% atingem a democracia gradualmente (4 a 15 anos).
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