O primeiro a falar em moção de censura depois das eleições presidenciais foi o CDS. Depois foi o PCP, enquanto o PSD alimentava rumores sobre uma possível aprovação. Eis senão quando, o Bloco de Esquerda faz uma ultrapassagem pela direita e antecipa-se a todos: acaba de anunciar que avançará com uma moção de censura daqui a um mês. É uma autêntica corrida à moção. Mas será que o Bloco deseja mesmo que a moção seja aprovada?
A revolução prossegue no Egipto
Enquanto as atenções mediáticas se prendem à Líbia, que está prestes a mergulhar na guerra civil, a revolução prossegue no Egipto. Na véspera da realização de mais uma manifestação de “um milhão”, Ahmed Shafiq cedeu finalmente à pressão das ruas e demitiu-se do cargo de primeiro-ministro. Desde o início que o seu nome foi muito contestado pois fora nomeado pelo deposto presidente Hosni Mubarak.
Mervyn King: “Surpreende-me que o grau de descontentamento social não tenha sido maior do que foi até agora”
Mervyn King: “O preço desta crise financeira está a ser suportado por pessoas que nada tiveram a ver com ela […]. Agora, é a altura de a pagar e surpreende-me que o grau de descontentamento social não tenha sido maior do que foi até agora”.
O que será “o necessário”?
Ontem, o primeiro-ministro, José Sócrates, repetiu, pela enésima vez, que fará “tudo o que for necessário” para cumprir a meta do défice de 4,6% do PIB. Hoje foi a vez do ministro das Obras Públicas, António Mendonça, dizer que tomará “as medidas que se revelarem necessárias para responder à subida dos preço dos combustíveis. E também hoje o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, veio dizer que acredita que o Governo português fará “o que for necessário” para atingir o objectivo orçamental.
Os dados de desemprego não deviam ter de bater à porta do Governo antes de entrar no domínio público
Os dados sobre desemprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) foram hoje divulgados, exactamente um dia depois de terem sido publicados os resultados do inquérito trimestral sobre emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE). Não é a primeira vez que a divulgação dos dados dos centros de emprego e do INE coincide, mas esse é um aspecto secundário. A questão primordial é a seguinte: porque razão é que o IEFP não define uma data precisa para divulgar os seus dados de desemprego?