Com a demissão de José Sócrates e a dissolução da Assembleia da República, não é só a produtividade dos membros do Executivo (em gestão) e dos deputados (que entram hoje ao final da tarde num período de três meses de férias forçadas) que diminui. Um estudo recente do FMI, da autoria do investigador português Francisco Veiga e de Ari Aisen, quadro da instituição, calcula as perdas económicas resultantes de uma crise política em 2,39 pontos percentuais do PIB real “per capita”. E mais de metade (52,1% a 58,4%) desse efeito nefasto sobre o crescimento é justificado pela quebra no índice de produtividade total dos factores.