Do napalm aos alicates, as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2013 provocaram reacções violentas de várias áreas do espectro ideológico. As metáforas bélicas foram o modo de ilustração preferido de políticos, economistas e comentadores.
António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças
A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador.
O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia.
António José Seguro, secretário-geral do PS
Vem aí uma bomba atómica fiscal com o próximo Orçamento. 2,5 mil milhões de euros que os portugueses vão pagar pelos erros do seu Governo.
Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD
Estamos perante um assalto fiscal. Não se pode chamar agravamento fiscal, nem sequer aumento fiscal enorme, como argumentou o ministro das Finanças. Trata-se de uma espécie de assalto à mão armada feito ao contribuinte.
Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda
É um massacre fiscal. Quem ganha 800 euros vai pagar mais 40% em imposto.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP
O Governo está preso por arames e temos que apelar aos portugueses que comecem a ficar munidos com alicates corta-arame, pois quanto mais depressa cortarmos o arame, mais depressa o Governo sai pelos fundos.
As propostas do Governo no aumento brutal dos impostos para trabalhadores e reformados é um massacre completo.
António Carlos Santos, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
É um massacre fiscal inversamente proporcional à competência e coragem do executivo [e apresentado] com um cinismo borgesiano.
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