Em Abril de 2010, durante o XXXIII congresso do PSD, Pedro Passos Coelho garantia querer “acabar com a promiscuidade entre a esfera pública e privada”.
No discurso que proferiu no encerramento do encontro, deixou a promessa sobre o que se poderia esperar da sua actuação, caso chegasse ao almejado cargo de primeiro-ministro: “Nós queremos o Estado fora dos negócios. Nós não queremos um Estado que apoie algumas empresas e não outras. Nós não queremos um Estado que manda na Administração e, por via indirecta, que ainda nomeia gestores de empresas privadas e que discute ao longo das semanas nas páginas dos jornais quem são os senhores ex-ministros que podem por essa via ser nomeados presidentes de empresas privadas”.
Volvidos nem dois anos, começam a circular os nomes do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, uma empresa da qual o Estado se retirou por via da privatização, mas na qual parece querer manter controlo político, como Pedro Guerreiro aqui assinala.
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