Capitalismo em crise é o mote para o debate promovido pelo Financial Times. O primeiro artigo foi publicado hoje e é assinado pelo académico Larry Summers. Current woes call for smart reinvention, not destruction pede reformas nas áreas da saúde e da educação mas frisa também que uma grande parte dos problemas actuais poderiam ser resolvido com a mistura apropriada de políticas monetária e orçamental.
2. Paul Krugman and the polemycal style of blogging, por Noah Smith. O estilo truculento de Krugman tem-lhe valido algumas críticas na blogosfera económica, com alguns bloggers a argumentarem que o Nobel está a espantar grande parte da potencial audiência. Noah Smith explica neste texto por que é que uma argumentação mais equilibrada poderia ser contraprodutiva (no Noah Opinion).
3. Beyond Fiscal Federalism – what does it take to save the euro?, por Giancarlo Corsetti e Hashem Persaran. Os autores propõem um novo “barómetro” para medir os desequilíbrios na Zona Euro. Em vez de olhar para os défices, defendem, o PEC deveria focar-se nos diferenciais de inflação entre países. Este indicador está na raiz de muitos problemas: apreciação da taxa de câmbio real, défices externos, endividamento público, bolhas e risco bancário em excesso (no Vox.eu).
4. Independent schools: a luxury for the developed world?, por Erik Hanushek e Ludger Woessmann. Há evidência mista em relação ao resultado de políticas de autonomia escolar. Nesta coluna, o especialista em economia da educação Erik Hanushek mostra que uma das explicações para isto está no facto de o efeito variar consoante as latitudes. Em países com fortes instituições, mais liberdade significa mais qualidade; em países institucionalmente mais débeis, a autonomia parece estar correlacionada com piores resultados (no Vox.eu).
5. Germany resists Europe's pleas to spend more, por Jack Ewing. Uma peça no NYT acerca dos traumas que a Alemanha teve no passado com a despesa pública e a inflação. Essencial para perceber a actual postura germânica (no New York Times).
6. The Inside Job, no more, por Olaf Storbeck. A American Economic Association adoptou um código de conduta. Os autores de artigos passam a ter o dever ético de revelar informação acerca de quem financia as suas pesquisas, as posições que detêm e a quem dão aconselhamento. Uma resposta às críticas que surgiram no rescaldo da crise financeira, quando se tornaram públicos os conflitos de interesses entre académicos que defendiam a liberalização do sector financeiro e os pagamentos que recebiam da banca (no Economics Intelligence).
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