Francois Hollande,presidente francês (esquerda), Mario Monti, primeiro ministro italiano (centro) e Enda Kenny, primeiro ministro irlandês na Cimeira da semana passada. Fonte: Jock Fistick/Bloomberg
Ao contrário de Portugal e Espanha, a Irlanda poderá vir beneficiar de recapitalização retroactiva dos seus bancos, depois de receber o apoio da Alemanha e da França. É um caso especial diz o eixo-franco alemão para gáudio irlandês como descreve o Público. A posição chega poucas semanas deppois de se saber que, em nome da transmissão da política monetária, o BCE poderá comprar obrigações de Espanha e Itália, mas não de Portugal e Irlanda. E em todo caso provavelmente antes de Irlanda do que de Portugal. No meio disto, o Governo português permanece em silêncio em Portugal e pelo vistos nas próprias negociações. Fica por perceber se a Europa escolhe vencedores na luta contra a crise (como afirma um responsável irlandês) como o faz. e qual a estratégia nacional. Além disso, estamos também a ler:
2. EU Parliament Panel Opposes Mersch Move to ECB Executive Board. Comité do Parlamento Europeu chumbou Yves Merch por falta de mulheres no BCE noticia a Bloomberg (mas a escoha da Zona Euro e do BCE deverá vingar). Vários destacados académicos europeus já haviam lançado um apelo para a nomeação de pelo menos uma mulher no BCE;
3. Gauging the multiplier: Lessons from history. Barry Eichengreen e Kevin H O’Rourke juntam-se no Vox ao debate sobre multiplicadores orçamentais, não só para defenderem a posição do FMI (de que nas actuais condições económicas estes multiplicadores devem rondar os 1,6), mas também para defender que este resultado é bem conhecido e que os líderes europeus sabem disso.
4. Quantitative easing 'experimental', says top civil servant. Segundo o Guardian, o mais alto funcionário público do Tesouro britânico reconhece no Parlamento que ninguém sabe quais os reais impactos do “quantitative easing”.
5. This time is different, again? The US five years after the onset of subprime. Ao contrário do que vêm defendendo economistas próximos de Mitt Romney, os EUA não foram diferentes nas saídas de grandes crises financeiras. Por isso, o desempenho dos EUA desde a crise é até melhor que o esperado. Quem o defende são Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart num artigo no Vox.
6. Ciencia para la prosperidad de la UE. O El país publica uma carta aberta à UE assinada por 42 Nobel defendendo a importância da aposta na investigação e desenvolvimento. A posição chega num momento em que se negociam as perspectivas financeiras 2014-2020;
7. TARGET losses in case of a euro breakup. Sinn responde a De Grauwe sobre o cálculo de perdas associadas ao sistema de compensação de pagamentos na Zona Euro (TARGET), também no Vox.
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