Há vida para além do PIB, diz-nos a OCDE numa iniciativa “OCDE Better Life” e na qual disponibiliza um ranking interactivo dos países avaliados por qualidade de vida.
Além de poder analisar os pontos fortes e fracos de cada país, a página permite-lhe avaliar qual seria o melhor país para viver de acordo com as sua valorização de onze dimensões, desde a habitação, à segurança, passando pelo emprego, saúde e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Para este autor do massa monetária, e de acordo, com OCDE, só quatro países seriam piores que Portugal para viver (notável como ainda assim é um prazer) e o paraíso estaria entre os países nórdicos e a Austrália (a Austrália, talvez…).
Independentemente da coincidência ou não com a preferência efectiva (a qual naturalmente depende de muitos mais factores), a iniciativa da OCDE convida à reflexão sobre o que de facto valorizamos num país e numa economia. No fundo, qual a vida que há para além do PIB e do défice. Nos tempos que correm, é um convite oportuno.
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