O que foi feito do crescimento?
Economia portuguesa tem reagido de forma mais negativa à austeridade. Fonte: Mário Proença/Bloomberg
O crescimento económico parece estar a tornar-se uma espécie de mito sebastiânico do Portugal pós-crise financeira. Nos seis anos entre 2008 e 2013, conta-se um de criação de riqueza, outro de estagnação e quatro de recessão. 2014 continua a ser um grande ponto de interrogação.
Desde o início do programa da troika, a dimensão das revisões de estimativas de evolução do PIB tem sido impressionante. Neste ano e meio, 2013 deixou de representar o momento de arranque de uma retoma robusta, para passar a ser mais um ano abaixo da linha de água. 2014 passou do ano com maior crescimento anual do PIB desde 2000, para estar cada vez mais próximo da estagnação.
Todos de olhos postos na próxima emissão e no BCE
O primeiro passo de Portugal de regresso aos mercados foi um sucesso. Paula Carvalho, do BPI,
sublinha que o “regresso de Portugal aos mercados é um marco
importante”, evidencia os riscos que estão pela frente e aponta para o
programa de compra de dívida pública do BCE (OMT) como uma peça central
na recuperação do acesso ao mercado. Filipe Garcia, da IMF, também
salienta o papel importante que o OMT pode vir a desempenhar no regresso
de Portugal aos mercados.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Défice de 2012 em contabilidade nacional pode desiludir
Portugal cumpriu a meta orçamental acordada com a troika para 2012. José
Miguel Moreira, do Montepio, diz que os resultados da execução
orçamental de 2012 em contabilidade pública são positivos mas teme que
em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas) os resultados
possam vir a ser piores. Paula Carvalho, do BPI, avisa: “Portugal cumpre meta do défice…mas vários desafios subsistem”. Desde logo, o regresso ao crescimento.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Os melhores “posts” nacionais sobre o regresso aos mercados
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João
Moreira Rato, presidente do IGCP e Maria Luis Albuquerque, secretária
de Estado do Tesouro, ontem na apresentação dos resultados da emissão Fonte: Miguel Baltazar, Negócios
Algumas das análises mais interessantes aos desenvolvimentos desta
semana relacionados com o regresso aos mercados financeiros estão na
blogoesfera. Os impactos da emissão na sustentabilidade da dívida, a
fragilidade da situação nacional, a abertura de um caminho para uma
intervenção do BCE (e logo um segundo resgate) são alguns dos temas
analisados. Vale a pena ler:
CES e IRS: as taxas que com que se cosem 300 mil pensionistas
Helder Rosalino; Créditos: Jornal de Negócios
As Finanças esclareceram oficialmente a forma como a polémica CES (contribuição extraordinária de solidariedade) opera mensalmente, em conjunto com as taxas de retenção na fonte, uma questão da maior relevância para os 300 mil pensionistas que serão sujeitos a esta “dupla tributação”.
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