Carlos Costa responde a Martin Wolf
Martin Wolf e Carlos Costa em Lisboa na sexta-feira Fonte: Bruno Simão/Negócios
O governador do Banco de Portugal já deu sinais no passado de, como dizem os brasileiros, não gostar de levar desaforos para casa. Basta recordar a resposta pública que deu à análise crítica que António Borges (então ainda no FMI) havia feito à dimensão financeira do programa de ajustamento português. Na sexta-feira, em Lisboa, o governador respondeu também às criticas que eurocéptico Martin Wolf acabara de fazer sobre a moeda única e, em especial, sobre a perda de soberania monetária em Portugal.
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Jorge Cardoso: “A troika cria oportunidade de negócio”
Jorge Cardoso, o presidente do banco de investimento da CGD, não se queixa da troika. A crise acabou com as grande obras e projectos empresariais, mas a troika cria outras oportunidades de negócio, como privatizações, reestruturações e vendas de activos da própria CGD. Este efeito não dura sempre, diz, garantindo que já a trabalhar na internacionalização, diz em entrevista ao Negócios.
Até onde está Macedo disponível a ir nas negociações com os médicos?
A poucos dias de uma greve de 48 horas, que promete paralisar hospitais e centros de saúde, o ministro da Saúde veio reiterar a sua disponibilidade para retomar as negociações com os médicos. Mas será que Paulo Macedo consegue ceder ao ponto de convencer os clínicos?
Pendências: a grande praga chegou à arbitragem
Os tribunais arbitrais, meios de resolução de litígios alternativos aos tribunais, a solução para quem espera e desespera à espera da decisão de um juiz, começam também já a acusar os efeitos da acumulação de novos processos. Segundo os números divulgados esta semana pelo Ministério da Justiça, entre 2006 e 2011, verificou-se um aumento dos processos pendentes de 39,5%. E isto tendo em conta que as mesmas estatísticas indicam que no mesmo período o aumento de processos entrados foi de 8,4%.
BCE, Carlos Costa e os bancos supervisionados em Frankfurt
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O Conselho do BCE na reunião do início de Maio em Barcelona Fonte: BCE
O debate sobre a união bancária na Europa está lançado e hoje, na reunião de governadores do BCE, ter-se-á discutido qual deverá ser o alcance dos poderes do futuro supervisor comum europeu (papel que o BCE desempenhará), nomeadamente se os seus braços chegarão a todos os bancos de cada país ou apenas aos bancos com importância sistémica. Segundo o FT Deutschland (ver pergunta no vídeo – min. 33), Christian Noyer (França) é favor de um sistema que abarque todos as instituições financeiras (o que significa que um fundo de resolução europeu tem também de cobrir todas essas instituições), enquanto Ewald Nowotny (Áustria) defendeu que apenas os grandes bancos de importância sistémica para a Zona Euro deverão ficar sujeitos a essa supervisão. Draghi desvalorizou as diferenças, afirmando que o debate está no início, pelo que é normal e saudável a existência de posições diferentes. E Portugal, qual é a posição portuguesa?