Estamos mais proteccionistas?
Numa palavra: sim. É a principal conclusão do 11º relatório do Global Trade Alert, um organismo incontornável para quem segue o comércio internacional.
Espanha e Itália, dois casos diferentes
Espanha e Itália são dois casos diferentes. O argumento é feito em Can Spain and Italy export their way out of trouble? , por Uri Dadush e Zaahira Wyne (no Vox). As comparações macroeconómicas estão hoje em destaque:
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Exportações afirmam-se como o único motor da economia
INE confirmou hoje que economia contraiu 0,1% no primeiro trimestre. A equipa do NECEP sublinha que estes dados são um bom arranque de ano, mas não alteram significativamente o diagnóstico sobre a economia portuguesa: PIB está a cair há seis trimestres consecutivos e deverá continua a cair e o único suporte da economia são as exportações. Com este bom arranque de ano, Rui Bernardes Serra, do Montepio, revê a estimativa de recessão para -2,5%, mas avisa para riscos elevados decorrentes, nomeadamente, dos gastos com investimento terem aumentado muito este trimeste, um comportamento que não deverá ser sustentável. Paula Carvalho, do Banco BPI, destaca o sector externo, sublinhando que “exportações são melhor notícia”. O BPI aponta para uma recessão de 3%. Bárbara Marques do Millennium bcp evidencia também o contributo de uma recuperação em cadeia do sector da construção, aconselhando, tal como o NECEP, cautela na leitura dos bons resultados do primeiro trimestre.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
A quimera do ouro
Durante anos a fio fomos ouvindo consultores fiscais, advogados e políticos a repetirem que, se se resolvessem os casos em disputa nos tribunais tributários, os problemas orçamentais do País ficariam a meio caminho da sua resolução.
Mas, a julgar pelo que explicou em entrevista ao Negócios o presidente do Supremo Tribunal Administrativo, António Calhau, tudo não tem passado de uma ilusão, assente num erro básico de conceitos.
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Também há no FMI quem defenda as contracções orçamentais expansionistas
Duas economistas do FMI voltaram aos impactos no crescimento da consolidação orçamental para argumentar que, para níveis de dívida pública muito elevados, poderá mesmo haver efeitos expansionistas da austeridade. Isto porque, defendem, a propensão ao consumo das famílias poderá de facto aumentar à medida que o endividamento público diminuiu (ou, de forma mais exacta, à medida que o rácio de dívida pública para rendimento das famílias caiu). Os efeitos são mais fortes para Austrália, Bélgica, Canadá e Espanha, defendem Rina Bhattacharya e Sanchita Mukherjee, na newsletter trimestral de investigação do FMI.
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