3 BI’s: “Eurobills”, Fundo de Amortização e União Bancária
Mariano Rajoy (Espanha), François Hollande (França), Angela Merkel (Alemanha), Mario Monti (Itália) após reunião de dia 22 deste mês Fonte: Alessia Pierdomenico/Bloomberg
(Actualização, sexta-feira: Das três propostas que aqui tinhamos destacado na quinta-feira, a Os lideres europeus decidiram avançar com os primeiros passos da União Bancária. Actualizamos por isso o “post”, colocando o BI da União Bancária em primeiro lugar, e introduzindo ligações para alguns textos relevantes sobre o tema)
A Alemanha resiste mas algum tipo de mutualização de dívida pública parece inevitável para o futuro da Zona Euro. Com as “Eurobonds” fora de questão no curto e médio prazos, apresentamos aqui uma breve descrição de três propostas dos últimos meses que procuram resolver a crise europeia, satisfazendo as sensibilidades do Sul e do Norte da Europa.
São elas A) os primeiros passos para uma União Bancária (adoptada) B) o Fundo de Amortização de Dívida (FAD) proposto pelo Conselho de Sábios alemão; C) a emissão conjunta de dívida de curto prazo (os “Eurobills”)
A longa marcha para salvar a Zona Euro – Actualizado com resultados da cimeira
Fila de táxis em Atenas Fonte:Chris Ratcliffe/Bloomberg
As propostas para reforma da Zona Euro multiplicam-se. O último contributo chegou de Herman van Rompuy (Presidente do Conselho Europeu) que, em conjunto com os outros três presidentes da Zona Euro (Draghi, Barroso, Juncker), apresentou esta semana um plano de trabalho para aprofundar na próxima década a União Económica e Monetária, nas suas várias componentes: económica, financeira, orçamental e política.
Actualização, sexta-feira: Os líderes da Zona Euro lançaram na cimeira de sexta-feira os primeiros passos para uma união bancária, que permitirá que os fundos europeus recapitalizem directamente os bancos; concederam também mais flexibilidade a estes fundos na compra de dívida pública. Outras decisões relevantes implicam os 27 membros da UE: lançamento de projecto piloto para “project-bonds”; um aumento de capital do BEI e uma realocação de fundos estruturais. Relativamente às decisões sobre a Zona Euro, a Reuters tem fez um bom resumo).
Apresentamos um rascunho com uma organização das principais contributos para resolução da crise europeia. Concentramo-nos nas frentes financeira e orçamental e procuramos dividir as propostas pela sua viabilidade de curto e médio/longo prazos. Actualizamos com resultados da Cimeira.
Uma Cimeira turbulenta
O Der Spiegel antecipa uma Cimeira complicada. Stormy discussions expected não deixa margem para dúvidas em relação ao ambiente que se vai viver na cimeira europeia que começa hoje e se prolonga até sexta-feira. Além disso, estamos a ler:
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Deve Portugal reestruturar a sua dívida pública?
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Votação renhida dá vantagem mínima à reestruturação: 50,5% para o “Sim”; 49,5% para o “Não”
Acabou o Frente-a-Frente: os leitores do Negócios dividiram-se pela metade: entre os 1143 votos, 50,5% foram favoráveis à reestruturação defendida por Ricardo Cabral, e 49,5% opuseram-se a a essa solução, alinhando com Pedro Rodrigues.
Só no massa monetária, os argumentos foram consultados mais de duas mil vezes, e entre blogue e edição online os leitores ofereceram quase cinco dezenas de comentários. O Massa Monetária agradece aos convidados e a todos os leitores o empenho e os contributos para o debate e a reflexão.
Anna Schwartz (1915-2012)
Morreu Anna Schwartz, co-autora da enorme obra A monetary history of the United States, colaboradora próxima de Milton Friedman e possivelmente a economista mais conhecida do Século XX.
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