FMI diz onde cortar na despesa pública
O debate no site Vox acerca de política orçamental parece ter contagiado o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), que publicou agora um estudo (mais um…) acerca da influência que os impostos e a despesa pública têm em economias desenvolvidas. Walking hand in hand é o nome do 'paper', assinado pelo director do departamento orçamental, Carlo Cottarelli, e disponível no site do FMI.
Carlo Cottarelli, director departamento orçamental do FMI Fonte: FMI
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Também já mentiu, não mentiu?
A enchxurrada (obrigado Ana Mendes Leal) de mentiras, falcatruas, abusos de poder nas mais variadas áreas da sociedade não deixa ninguém indiferente. O fenómeno mediatizado tende também a personalizar todo o “Mal” em alguns dos nossos homens e mulheres que ocupam a praça pública. Pois bem. A realidade é bem pior. Esses são casos limite de uma sociedade onde a maioria das pessoas mente, mesmo que pouco. Quem o diz é Dan Ariely, professor de economia comportamental na Universidade de Duke, que tem dedicado muito do seu tempo a perceber a mentira. Afinal porque mentimos?
Rendas na energia: um copo pelo meio
Post de Miguel Prado, jornalista cá da casa
As poupanças estimadas pelo Governo Fonte: Ministério das Economia
O Governo anunciou a 17 de Maio um pacote para o sector energético que permitirá aos consumidores de electricidade poupar 1,8 mil milhões de euros até 2020. Uma poupança que não se traduzirá em descontos de qualquer tipo na factura da luz, mas antes em evitar (ou tentar fazê-lo) subidas acentuadas ano após ano nessa factura. Contudo, uma grande parte desse bolo de poupança depende do acordo que o Estado consiga “cozinhar” com alguns dos grandes produtores de electricidade.
Para os responsáveis do Ministério da Economia, o pacote de 1,8 mil milhões não é coisa pouca. Para os partidos da oposição, o resultado ficou longe do que poderia ter sido feito. As reacções políticas às medidas anunciadas este mês, dando cumprimento aos compromissos assumidos perante a troika, partiram de uma base de expectativas em que a fasquia tinha um nível elevado: 3,9 mil milhões de euros de “rendas excessivas”, segundo um estudo do próprio governos que nunca chegou a ser divulgado publicamente. Mas afinal que cortes foram feitos?
Quão optimistas são as previsões do Governo?
Ainda a respeito da Estimativa Rápida das Contas Nacionais do primeiro trimestre, utilizámos os dados do INE para fazer uma pequena simulação. No primeiro trimestre, recorde-se, o PIB manteve-se praticamente inalterado face aos três meses precedentes. Face a isto, quão provável é que a previsão do Governo (-3%) se concretize?
O bailout escondido à Alemanha
Hey, Germany: you got a bailout, too! é o título de um provocador artigo de opinião publicado hoje na agência Bloomberg. O artigo defende, precisamente ao contrário do que tem sido discurso comum na Alemanha (ver Hans Werner Sinn, por exemplo), que a acção do BCE durante a crise da dívida tem servido sobretudo os interesses alemães. Confuso?
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