Arquivo mensal: Fevereiro 2012

Poul Thomsen por um dia

23/02/2012
Colocado por: Pedro Romano

Não é dos jogos mais interactivos que já vimos (fica a boa distância do famoso Seja Ben Bernanke), mas é certamente dos mais instrutivos. Em So, what would your plan for Greece be?, Daniel Davies mostra, num post em forma de “Role Playing Game”, como não há soluções fáceis para o dilema grego. Todas as opções, mesmo as mais razoáveis à partida, revelam-se, mais cedo ou mais tarde, politicamente inviáveis ou economicamente destrutivas. Altamente recomendado.  

12

Portugal não é a Grécia (mas será que isso chega?)


Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Atenas esta semana Fonte: Kostas Tsironis/Bloomberg

Os últimos dias têm sido intensos e ricos em nova informação sobre a crise europeia, nomeadamente sobre a situação na Grécia e as características da reestruturação da dívida grega. Talvez o documento mais importante nestes últimos dias seja a análise à sustentabilidade da dívida pública grega que foi um elemento base nas negociações em Atenas. Além de descrever as dificuldades do país, o documento é ainda importante para por deixar claro – ao ser comparado com o equivalente luso – que Portugal não é a Grécia em termos de sustentabilidade da sua dívida. Mas se isso pode servir de algum conforto, está longe de garantir que Portugal não seja também forçado a algum tipo de renegociação da sua dívida. Um cenário que é aliás reforçado pela desconfiança que a partir da reestruturação grega os investidores passarão a ter sobre as dívidas periféricas do euro.

 

95%


Colocado por: Pedro Romano

95%. Entre o final de 2010 e o final de 2011, a União Europeia ganhou cerca de um milhão de desempregados. Segundo a Comissão Europeia, 95 em cada 100 destes desempregados eram portugueses, gregos ou espanhóis. Reproduzimos a passagem.

Acordo para a Grécia não convence mercados. Nem o FMI.


Colocado por: Pedro Romano

A versão 2.0 do bail out à Grécia (consultar detalhes num post do Massa Monetária) não parece ter convencido os mercados. Ontem, pelo menos, os sinais do mercado não foram animadores: as taxas de juro da Grécia e de Portugal subiram, várias bolsas fecharam no vermelho e os comentários dos analistas não eram particularmente animadores. Hoje, o cenário mantém-se.

 

Não é difícil perceber este fenómeno – que é, aliás, cada vez mais recorrente (ver historial da crise da dívida europeia). A análise apresentada pela “troika” aos responsáveis europeus, segundo a qual basta ligeiros “desvios de percurso” para que a dívida pública resvale de 120 para 160% do PIB, também ajuda a perceber as reticências dos investidores.

 

Mais relevante ainda parece-nos o facto de o próprio Fundo Monetário Internacional parecer agora interessado em resguardar-se. Segundo informações ainda por confirmar, o FMI pode querer limitar a sua participação no financiamento à Grécia a apenas 10% do montante total – apenas um terço da participação no primeiro programa. Um mensagem à Europa, para que esta resolva os seus problemas por si mesma? Ou um sinal indirecto de que o próprio FMI já não acredita na sustentabilidade da dívida grega e está a preparar uma retirada discreta?