Arquivo mensal: Dezembro 2011

Capitalismo ou a Crise – quem acaba primeiro?

05/12/2011
Colocado por: Pedro Romano

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Será que o capitalismo vai resistir à crise financeira e económica? Esta é a pergunta que o economista Kenneth Rogoff faz na sua coluna de hoje do Project Syndicate – Is modern capitalism sustainable? O capitalismo, diz o antigo economista-chefe do FMI, produziu um crescimento fenomenal da riqueza durante os últimos dois séculos, mas à medida que as principais necessidades vão sendo satisfeitas, tornam-se mais óbvios os seus subprodutos nefastos: desigualdade, problemas ambientais, etc. Além disto, também estamos a ler:

 

2. Keep the IMF out of Europe, por Mario Blejer e Eduardo Levy Yeyati. Os economistas argentinos analisam a intervenção do Fundo na Europa e apontam os problemas que a opção levante. Nomeadamente, o precedente que abre ao fazer com que o Fundo entre com o dinheiro que a Alemanha não está disposta a usar (no Project Syndicate).

 

3. The question of the eurobonds, por Richard Posner. O economista explica o problema que a criação de obrigações levanta na Zona Euro e o jogo de interesses divergentes que não pára de adiar a sua concretização. What a mess!, é a conclusão.

Blejer e Levy: FMI, “the third party that tells the client the nasty bits”


Colocado por: Pedro Romano

“So far, programs for the eurozone periphery have been spearheaded and largely financed by European governments, with the IMF contributing financially, but mainly acting as an external consultant – the third party that tells the client the nasty bits while everyone else in the room stares at their shoes”.

 

Mario Blejer e Eduardo Levy, numa coluna assinada hoje no Project Syndicate.

Quanto vale a equidade nos sacrifícios?

02/12/2011
Colocado por: Elisabete Miranda

Para quem há menos de quatro meses ouviu o Governo a argumentar que os juros e os dividendos não podiam ser sujeitos à “sobretaxa extraordinária de IRS” que vai ser cobrada sobre os rendimentos deste ano, sob pena de se espantar o investimento e de se ameaçar a poupança nacional, a decisão anunciada esta semana de subir as taxas liberatórias sobre esses mesmos rendimentos é intrigante.

 

 

Créditos: Miguel Baltazar/Negócios 

Uma prolongada redução salarial

01/12/2011
Colocado por: Pedro Romano

A “desvalorização real” por que as economias da periferia estão a passar tem conduzido a resultados substancialmente diferentes consoante os casos. Se na Grécia a pressão exercida pelo desemprego galopante não parece suficiente para reduzir os salários (e preços internos), na Irlanda o processo foi rápido e robusto. Em apenas três anos, a economia irlandesa reduziu em cerca de 12% os seus Custos Unitários do Trabalho (CUT) e parece ter readquirido a competitividade externa suficiente para voltar a crescer. O contraste entre as duas situações salta à vista.

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