Arquivo mensal: Novembro 2011

Larry Elliott: “A Grécia é agora um problema maior para a Europa do que a Europa é para a Grécia”

02/11/2011
Colocado por: Manuel Esteves

O editor de economia do jornal britânico “The Guardian”, que desde o início tem sido crítico do caminho da “crescente austeridade” escolhido pela Europa, vem lembrar que a Grécia, como qualquer devedor, tem ainda muito poder do seu lado. E o passo arriscadíssimo do seu primeiro-ministro vem mostrar isso mesmo.

 

Que a Grécia está tramada, dentro ou fora do euro, parece relativamente consensual. Neste momento, o que falta saber é o que acontece aos países que partilham consigo a mesma moeda. E do que lhes acontecer dependerá também parte do que acontecerá ao resto do mundo.

O “milagre” laboral alemão


Colocado por: Pedro Romano

A Alemanha, que durante as últimas duas décadas não se salientou propriamente por baixas taxas de desemprego, parece estar a passar “entre os pingos da chuva” durante a crise, diminuindo o desemprego de forma assinalável. Michael Burda e Jennifer Hunt explicam, research fellows do CEPR, defendem que o “milagre” alemão não tem que ver com as muito elogiadas práticas laborais, nomeadamente nos acordos de redução de horários de trabalho, mas sim com um evento “não repetível”: falta de confiança no período anterior à crise, que tolheu as contratações. Ou seja, o “bom momento” actual resulta apenas de o anterior momento ter sido pior do que seria de esperar. Should we believe the german labour market miracle (no Vox.eu). Além disto, também estamos a ler:

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O artigo que Krugman gostava de ter escrito (e que Draghi deve ler)


Colocado por: Rui Peres Jorge

Nos últimos dias o Negócios publicou uma entrevista a Paul De Grauwe em duas levas: na sexta-feira, o professor da Universidade Católica de Leuven  considerou insuficientes os resultados da Cimeira Europeia da semana passada; e hoje insiste que o BCE tem de dizer que estará disposto a avançar com poder financeiro total e enquanto for preciso“. 

 

Apesar de decisões históricas na Europa (impensáveis há dois anos, por exemplo), a crise continua a alastar, com os juros italianos a disparar. Um artigo académico do professor belga publicado em Abril ajuda a perceber o porquê. Paul Krugman diz que gostava de ter sido ele a escrever esse texto que na essência defende que, ao entrar na Zona Euro, um país adopta uma moeda estrangeira, colocando-se numa situação de vulnerabilidade que só é experimentada pelas economias emergentes. Daí a importância do BCE.

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