Arquivo mensal: Novembro 2011

Ensino vocacional – uma ajuda de curto prazo?

24/11/2011
Colocado por: Pedro Romano

O ensino vocacional, por oposição ao ensino universitário mais “clássico”, visa dotar os alunos de um ajustamento mais fácil às condições específicas do mercado laboral. Em vez de dotar os jovens de competências genéricas que terão de ser trabalhadas no local de trabalho específico, o ensino voacional promove um “fine-tuning” àquilo que é hoje requerido pelos empregadores.

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Austeridade em causa


Colocado por: Pedro Romano

Não é só na Grécia que a austeridade está a ter dificuldades em colocar as contas em ordem. Chris Dillow faz as contas para o Reino Unido e mostra como as coisas também não estão a correr muito bem em terras de Sua Majestade. O blogger britânico descarta também os argumentos invocados pelo ministro das Finanças George Osborne (no Stumbling and Mumbling). Para além disto, também estamos a ler:

 

2. Does Europe have a Korean option? por Simon Johnson. O antigo economista-chefe do FMI – e um dos que previu que Portugal seria também arrastado para a ajuda externa – fala das soluções europeias para a crise e defende que, com ou sem reformas estruturais, a desvalorização do euro poderá ser a solução de último recurso (no Project Syndicate).

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“A ciência económica nunca esteve tão mal. Isto é lamentável para a humanidade mas bom para o estudante”

23/11/2011
Colocado por: Pedro Romano

Q: Is it a good time to become an economist?

A: Absolutely. Economics has never been in a worse state. This is unfortunate for humanity but fortunate for you.

 

Autor: o microeconomista Ariel Rubinstein, num artigo em que explica aos mais jovens como escolher o tema para a tese de doutoramento, onde escrever a dissertação, o que vestir na entrevista de emprego, quantas páginas deve ter um “paper” e o que fazer quando estes são rejeitados. Um Quizz pouco ortodoxo onde até se falou de coisas sérias.  

E se a “troika” estiver errada?

21/11/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Parlamento Português Fonte: Mario Proenca/Bloomberg  

 

 

O diagnóstico  e o receituário da Troika continuam equivocados,  focando o défice interno em vez do défice externo, a má governação dos devedores em vez das práticas de crédito fácil, para não dizer predador, dos credores.

 

Mariana Abrantes de Sousa, em PPP Lusofonia

 

O enquadramento de políticas postas em prática através de programas de ajustamento da UE/FMI é, na minha perspectiva, inconsistente e perigoso. A crise da dívida soberana europeia é, na verdade, uma crise da balança de pagamentos e de dívida externa

 

Ricardo Cabral, numa audiência no Parlamento Europeu (17 Out.)

 

 

A implementação do programa de ajustamento português vai de vento em popa, com mais uma aprovação na avaliação de sexta-feira. O Governo recebeu elogios e vinca que quer ir até mais longe que troika. O PS apoia em linhas gerais o memorando de entendimento – que nasceu de resto com o seu acordo – afastando assim Portugal das confusões políticas gregas ou italianas. Estas são boas notícias? Depende. Se o diagnóstico traçado pela troika e consequentes prescrições de política estiverem correctos, então, sim, são boas notícias. São até muito boas notícias. Mas, se, pelo contrário, o diagnóstico e as políticas forem as erradas? Bom, nesse caso, como diz Ricardo Cabral, trata-se de um caminho perigoso.

Salários, ajustamento e incentivos


Colocado por: Pedro Romano

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“In order to improve labor cost competitiveness, wages in the private sector should follow the lead taken by the public sector in implementing sustained pay cuts”.

 

Troika, no comunicado da segunda revisão do PAEF de Portugal.

 

A redução salarial, que começou por ser apenas para o Estado mas que a troika quer ver generalizada a toda a economia, pode não ser a panaceia para todos os males que se tem referido. O impacto de um corte no sector privado, em particular, parece estar longe de ser tão eficaz para atingir os objectivos como um corte no sector público. Vejamos cada caso.