Trichet terá dia quente amanhã
O grave problema de governo económico na Zona Euro aumenta a expectativa sobre a reunião de amanhã do Banco Central Europeu.
O comportamento dos mercados não respeita os tempos da política europeia – o que nem é estranho, uma vez que para aprovar e ratificar o acordo da Cimeira de Julho nos vários países serão necessárias semanas, talvez meses.
Dada a evolução dos juros nesta semana, a Europa dificilmente terá esse tempo. E é por isso que a reunião de amanhã do BCE será quente: O BCE é, neste momento, o único organismo europeu com capacidade para intervir no mercado secundário e tentar aliviar a pressão sobre Itália e Espanha. Mas esse é o último caminho que o BCE quer seguir.
Medeiros Ferreira: “A nacionalização do BPN foi uma das medidas mais polémicas e inexplicadas do regime democrático”
O atento José Medeiros Ferreira lembra também que Mira Amaral, que liderou a compra do BPN (2011), foi também central no acordo de venda da barragem de Cahora Bassa a Moçambique (2007).
Reacções ao aumento do tecto de dívida nos EUA
Além de 1. Reacções ao aumento do tecto de dívida nos EUA (Real Time Economics), estamos ainda a ler:
2. Giavazzi e Kashyap apresentam plano para salvar a Europa (Bloomberg)
3. Plano Cadilhe para BPN teria sido melhor (Cachimbo de Magritte)
4. Problemas nos EUA e na Europa longe de resolvidos (Baseline Scenario)
5. Os riscos sobre a economia chinesa (Blogoexisto)
6. O acordo grego é muito favorável para os credores, diz Cabral (Vox)
7. A reestruturação grega e a do Dubai (Fistful of Euros)
Cidadãos do mundo
A última semana trouxe novidades sobre o processo de desalavancagem e ajustamento da economia portuguesa: o BPN será comprado com dinheiro angolano; a EDP atrai chineses, brasileiros, espanhóis e alemães e os planos de reestruturação de duas grandes empresas públicas foram entregues à norte-americana AT Kearney (Estaleiros Navais de Viana do Castelo e CP).
EDP, REN e os bancos a necessitar de recapitalização trarão novidades nos próximos meses.