Vítor Gaspar e sua crença no euro, vista pelo próprio
Seria díficil Portugal ter um ministro das Finanças mais bem preparado para discutir, no patamar europeu, a situação portuguesa enquadrada no actual modelo da união monetária. Vítor Gaspar é um dos homens fortes da moeda única europeia, acompanhou o projecto desde o seu início, e dividiu os últimos vinte anos entre o ministério das Finanças, o BCE, a Comissão Europeia e o Banco de Portugal. Uma breve pesquisa nas suas últimas intervenções evidencia bem a sua crença no euro.
A Saúde e a troika: as 12 medidas mais difíceis
Há anos que os especialistas em saúde andam a sugerir inúmeras medidas para melhorar a eficiência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A troika estrangeira pegou em muitas delas e delimitou-as no tempo. Um calendário apertado sobretudo no que toca às medidas para concretizar ainda este ano. Mas será que esta imposição externa é suficiente para se conseguir aplicar medidas que nunca passaram de sugestões e intenções?! Investigadores na área acham difícil.
Em alta frequência
Os mercados não dormem. Ontem, a High Frequency Economics emitiu uma nota de investimento em que previa a “falência” do Estado português, incapaz de amortizar cerca de 7 mil milhões de euros de dívida que atingem hoje a sua maturidade. “Portugal necessita de arranjar quase sete mil milhões de euros em dinheiro até amanhã [hoje], ou cairá em bancarrota”, lia-se na nota, assinada pelo analista Carl Weinberg, como avançou hoje o Negócios na edição impressa. Também hoje, o IGCP só conseguiu vender 1000 mil milhões de euros. Desastre à vista?
Santander abre “outlet” de venda de casas em Espanha
1. Europa tenta salvar resgate grego (FT)
2. Lagarde cada vez mais primeira na corrida para o FMI depois de Fisher ser bloqueado (Bloomberg)
3. Santander abre “outlet” de venda de casas em Espanha (El País)
4. Em Espanha salário mínimo sobe pouco, mas sobe (El Mundo)
5. A Grécia com o rating mais baixo do mundo (The Guardian)
O doloroso caminho de uma recessão virtuosa?
O PIB afundou mesmo no primeiro trimeste, confirmou hoje o INE. Miguel Moreira, do Montepio, evidencia o forte contributo da queda do consumo, especialmente o privado, para esta evolução. Paula Carvalho, do BPI, concorda e defende que, apesar de doloroso, este é o caminho que temos de trilhar para reequilibrar a economia. Já os economistas do NECEP evidenciam a queda histórica do investimento que está a atingir proporções “difíceis de conceber”, enquanto Bárbara Marques do Millennium BCP, sublinha o comportamento em contraciclo da economia nacional, apontando para uma recessão de 1,7% este ano.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.