(alegadas?) consequências económicas da morte de Bin Laden
Como sempre é nosso hábito, os jornais de economia rapidamente procuraram um ângulo económico sobre o acontecimento do dia: a morte de Osama Bin Laden.
Passando à frente de convidativas considerações sobre principios morais e de bom gosto do mercado (e dos jornais), é mais dificil resistir a parar uns momentos nas (alegadas?) consequências económicas da morte do líder da Al-Quaeda veiculadas pela imprensa especializada. Há de tudo: de convites à compra de acções em Lisboa e na Europa, à capacidade de sustentação do maior mercado bolsista do mundo (pelo oitava sessão consecutiva); da possibilidade de “continuar a capitalizar noticias positivas” ao receio de que “surjam actividades de retaliação dos seus apoiantes”; da euforia dos investidores em acções ao medo dos investidores em petróleo.
Tirar conclusões desta sequência não é fácil, mas ao ler os jornais é inevitável um sentimento de insegurança provocado, não exactamente (ou apenas) pela morte de Bin Laden, mas pelas associações, certezas e contradições dos mercados e dos jornais.