As limitações das sondagens e a vitória de Passos no debate com Sócrates
A divisão de opiniões sobre quem ganhou o debate entre Sócrates e Passos Coelho da passada sexta-feira dificultaram uma conclusão segura. Embora uma sondagem da Universidade Católica, feita especificamente para o efeito logo após o debate, tenha dado a vitória a Passos, muitos dos opinadores dividiram-se.
Na terça-feira, uma sondagem da Intercampus (para o Público e TVI) pareceu mostrar um início de descolagem do PSD (39,6%) face ao PS (33,2%) nas intenções de voto para as legislativas, algo que no Público se chamou de “sondagem da viragem“, alavancando em cima do debate. A vitória de Passos na sexta-feira anterior parecia confirmar-se. Mas, apenas um dia depois, as sondagens da Eurosondagem (para SIC/Expresso/Renascença) e da Universidade Católica (para Antena 1/ RTP/ DN e JN) desfizeram a tese e apontaram para empates técnicos entre os dois partidos.
Mas afinal, o debate foi ou não decisivo e ou houve ou não um vencedor? Pedro Magalhães, um dos maiores especialistas em sondagens, dá um excelente contributo de análise no seu blogue, o Margens de Erro, sobre “o efeito dos debates” e a vitória de Passos Coelho no estudo de opinião da Católica. Uma conclusão: a sondagem incluiu mais simpatizantes do PSD do que do PS sendo, por isso, limitada na sua capacidade de representar o país.
Descubra qual é o país ideal para você viver
Há vida para além do PIB, diz-nos a OCDE numa iniciativa “OCDE Better Life” e na qual disponibiliza um ranking interactivo dos países avaliados por qualidade de vida.
Além de poder analisar os pontos fortes e fracos de cada país, a página permite-lhe avaliar qual seria o melhor país para viver de acordo com as sua valorização de onze dimensões, desde a habitação, à segurança, passando pelo emprego, saúde e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Para este autor do massa monetária, e de acordo, com OCDE, só quatro países seriam piores que Portugal para viver (notável como ainda assim é um prazer) e o paraíso estaria entre os países nórdicos e a Austrália (a Austrália, talvez…).
Os desafios do FMI depois de DSK
1. Harold James analisa desafios do FMI depois de DSK (Project Sindicate)
2. São precisas mudanças no FMI, diz Martin Khor (The Star)
3. Simon Johnson sobre possíveis herdeiros de DSK (Bloomberg)
4. A Itália é que é o elefante, não a Espanha (A fistful of euros)
5. Uma proposta para a Grécia comprar a sua própria dívida (Vox)
6. Ricardo Cabral defende os méritos da reestruturação e mais IRC para não transacionáveis (Vox)
7. Quando dinheiro perde do BCE com a reestruturação grega (FT Alphaville)
Falta realismo na Europa, diz Krugman
1. Press release com a aprovação do FMI ao empréstimos a Portugal (FMI)
2. S&P corta outlook a Itália (Economist)
3. Falta realismo na Europa, diz Krugman (NY Times)
4. O Post olha para Portugal (Washington Post)
5. Lagarde lidera corrida para FMI (Bloomberg)
6. Os periféricos precisam de ajuda, não de castigos, diz Mark Weisbrot (The Nation)
E acabou: “a crise de DSK comunicada pelo FMI”
Terminou o suplício de comunicação para o FMI após a acusação que recaiu sobre o seu director-geral de abuso sexual de uma empregada de hotel em Nova Iorque. O FMI, manifestamente embaraçado, pautou-se pela distância face ao destino do seu líder, e Strauss-Khan acabou por se demitir na quarta-feira passada. O massa monetária foi colocando em linha as mensagens da equipa de comunicação de Washington. A crise do Fundo com DSK chegou assim ao fim, tem agora início a processo de selecção de um novo director-geral.