A receita do FMI para Portugal há apenas um ano
Fonte: Norman Ng/Bloomberg
Nos próximos dias chegarão a Portugal as equipas do FMI, Comissão e BCE para avaliar a situação nacional, definir o pacote de financiamento. Dentro de semanas, o novo pacote de austeridade deverá ser conhecido. Vale a pena olhar para a receita do FMI para Portugal que a instituição inscreveu na sua última análise anual, divulgada dia 20 de Janeiro de 2010. Acrescentámos alguns comentários.
Sem Governo nem Parlamento, o País produz menos
Com a demissão de José Sócrates e a dissolução da Assembleia da República, não é só a produtividade dos membros do Executivo (em gestão) e dos deputados (que entram hoje ao final da tarde num período de três meses de férias forçadas) que diminui. Um estudo recente do FMI, da autoria do investigador português Francisco Veiga e de Ari Aisen, quadro da instituição, calcula as perdas económicas resultantes de uma crise política em 2,39 pontos percentuais do PIB real “per capita”. E mais de metade (52,1% a 58,4%) desse efeito nefasto sobre o crescimento é justificado pela quebra no índice de produtividade total dos factores.
Os esqueletos que se escondem nos bancos alemães
1. E se os EUA entrassem em “default” (Real Time Economics)
2. Privatizar a Caixa ou rescalonar a dívida? A segunda, diz Ricardo Cabral (The Portuguese Economy)
3. Brasil contra proposta do FMI de limitar os controlos de capitais (Bloomberg)
4. Portugal forçado a pagar juros proibitivos (Financial Times)
5. Os esqueletos dos bancos alemães (Reuters via Ana Gomes)
6. O mecanismo financiamento europeu pós-2013 por Paul de Grauwe (Eurointelligence)
7. Portugal ainda não mostrou que é capaz, diz Strauss-Khan (El País)
Strauss-Khan: “O problema não é tanto de dívida pública, como de financiamento dos bancos e dívida privada”
O director-geral do FMI falou sobre Portugal a três jornais internacionais. O diagnóstico é conhecido, mas por vezes esquecido no debate quente dos últimos dias.
Pedro Passos Coelho: “É necessário um crescimento de pelo menos 3% a 3,5% nos próximos dois, três anos”
A aspiração de Pedro Passos Coelho conhecida esta semana numa intervenção no Porto.