Arquivo mensal: Março 2011

A voz dos jovens e a voz do Presidente

10/03/2011
Colocado por: Manuel Esteves

 Hoje são vários os jornais que retiram do discurso de tomada de posse do Presidente da República um apoio implícito à manifestação da “Geração à Rasca”, deste sábado. Com efeito, a três dias do protesto, Cavaco Silva fez um “vibrante apelo aos jovens”, pedindo-lhes que “façam ouvir a sua voz”.

 

Porém, durante o seu longo e, por vezes, detalhado discurso, o Presidente da República não se referiu uma única vez às principais reivindicações dos jovens. Se é verdade que Cavaco alude, de forma bem explícita, ao “flagelo do desemprego”, acaba por nunca mencionar a questão que mais tem sido discutida no âmbito deste protesto e na sequência da mediática canção do grupo Deolinda: os baixos salários e a precariedade laboral dos jovens.

Uma questão de testosterona


Colocado por: Pedro Romano

É raro, mas às vezes lá acontece. O New York Times cometeu uma “gaffe” das grandes e deu a entender que o novo primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, é, na verdade, uma mulher. O erro, que já foi corrigido, consistiu no tratamento por “Ms. Kenny”, em vez do habitual “Mr. Kenny”.

Quem não deixou passar o assunto em branco foi o Irish Times. O título da peça é corrosivo: “Enda's manhood called into question” [Masculinidade de Enda colocada em causa]. 

Bernanke e Trichet não dançam o tango


Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Crédito: Chris Kleponis/Bloomberg News, na cimeira do G7 de Abril de 2006: Axel Weber (Bundesbank) à esquerda; Mário Draghi (Banco de Itália e provável sucessor de Trichet com desistência de Weber; Trichet e Bernanke.

 

“It takes two to tango” diz a expressão idiomática inglesa sobre a relevância da coordenação na acção humana. Pois bem, em termos de coordenação da política monetária, os líderes da Fed e do BCE definitivamente não dançam o tango. As diferenças sobre a forma como cada um se move ao som de uma mesma música económica estão aliás a ficar ainda mais evidentes com as reacções dos dois bancos centrais à subida do preço do petróleo.

Quando começamos a desconfiar do amanhã

07/03/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Os mercados estão hoje a pedir uma taxa próxima de 7,5% para emprestar dinheiro a Portugal a cinco anos, tendo superado o que exigem para emprestar a 10 anos, escreve o Negócios. Os investidores começam a ter mais medo do médio do que do longo prazo. Se a tendência se mantiver, restarão poucas hipóteses a Portugal que não o pedido de resgate. Quarta-feira há um leilão de dívida a dois anos e meio.