Quando questionado sobre o risco da Grécia e Irlanda avançarem com uma reestruturação da sua dívida pública, o ex-economista do FMI e prestigiado economista norte-americano Kenneth Rogoff é bastante peremptório: “essa é uma questão semântica. O incumprimento pode tomar diferentes formas. Mas mesmo na hipótese mais generosa, isso implica uma passagem extremamente difícil de uma situação de défice a um excedente em plena recessão. É historicamente raro. Uma coisa é ter uma recessão por um ano. Mas estes países vão estar em recessão durante três ou cinco anos. Não é muito realista nem razoável. Esta escolha foi tomada porque a Europa está a tentar evitar toda a reestruturação da dívida. Na realidade, a Europa está a fazer uma reestruturação disfarçada da dívida”. [in entrevista ao jornal francês Les Echos]