Arquivo mensal: Março 2011

O PEC da tábua rasa

14/03/2011
Colocado por: Pedro Romano

Um dos pontos mais curiosos do PEC 4 é o facto de fazer tábua rasa de tudo o que foi apresentado até aqui. Partindo de um défice de 4,6%, o Governo acrescenta medidas no valor de 2,5 e 1,2 pontos percentuais de PIB em 2012 e 2013, de forma a chegar ao fim do ciclo com um buraco orçamental de 2%. Ou seja, o PEC 4 faz um “reboot” do sistema e põe o contador a zeros.

Investimento no nível mais baixo desde 1996


Colocado por: massamonetaria

O INE divulgou hoje os dados do PIB do quarto trimestre de 2010. A equipa da análise de conjuntura da Universidade Católica e os economistas do departamento de Estudos do Montepio evidenciam o mau desempenho do consumo e, em especial do investimento que está agora no nível mais baixo desde 1996.

  

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor

Rogoff: “Na realidade, a Europa está a fazer uma reestruturação disfarçada da dívida”

10/03/2011
Colocado por: Manuel Esteves

Quando questionado sobre o risco da Grécia e Irlanda avançarem com uma reestruturação da sua dívida pública, o ex-economista do FMI e prestigiado economista norte-americano Kenneth Rogoff é bastante peremptório: “essa é uma questão semântica. O incumprimento pode tomar diferentes formas. Mas mesmo na hipótese mais generosa, isso implica uma passagem extremamente difícil de uma situação de défice a um excedente em plena recessão. É historicamente raro. Uma coisa é ter uma recessão por um ano. Mas estes países vão estar em recessão durante três ou cinco anos. Não é muito realista nem razoável. Esta escolha foi tomada porque a Europa está a tentar evitar toda a reestruturação da dívida. Na realidade, a Europa está a fazer uma reestruturação disfarçada da dívida”. [in entrevista ao jornal francês Les Echos]