Arquivo mensal: Fevereiro 2011

Défice externo e exportações terminam ano em alta

08/02/2011
Colocado por: massamonetaria

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.  

 

As estimativas do INE para o comércio internacional apontam para um agravamento da balança comercial em Dezembro, analisa José Miguel Moreira, do Departamento de Estudos do Montepio. Agostinho Leal Alves do Departamento de Estudos do BPI conclui: “Comércio externo: Estamos no bom caminho!”. E Bárbara Marques, do Millennium BCP destaca, entre outros elementos, a progressiva diversificação de destinos das exportações.

Já pode substituir Jean-Claude Trichet

07/02/2011
Colocado por: Pedro Romano

Ser banqueiro central não é facil… nem sequer quando é a brincar. Neste jogo, disponibilizado pelo Banco Central Europeu, é possível entrar na pele de Jean-Claude Trichet e tomar as rédeas à política monetária durante oito anos. O objectivo é o de sempre – manter a inflação “próxima mas abaixo” dos 2%. Para simplificar, o leque de instrumentos à disposição dos participantes foi restringido à manipulação da taxa de juro de referência.

 

Repara no que faço e não no que digo


Colocado por: Manuel Esteves

São muitos os economistas que vêm defendendo há algum tempo a necessidade de reduzir salários em Portugal de modo a reequilibrar a economia e a devolver a competitividade perdida nas últimas décadas.

 

Até agora, o Governo nunca deu a conhecer, de forma clara, a sua visão sobre este assunto. A Teixeira dos Santos tem cabido o papel de “mau da fita”, fazendo sucessivos apelos à contenção salarial no sector privado. Mas do primeiro-ministro ou da ministra do Trabalho nunca se ouviu uma palavra a este respeito. Aliás, confrontado com esse cenário, José Sócrates foi claro: “O Estado não manda nisso. A nossa responsabilidade é com a Administração Pública e com as orientações que demos às empresas públicas”.

 

Mas o pouco que foi dito contrasta muito que foi feito. Vejamos:

Se as “ajudas” falharem na Grécia e na Irlanda, de quem é a culpa?

02/02/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Grécia e Irlanda têm grandes responsabilidades nas dificuldades que hoje enfrentam. A primeira por desdenhar na disciplina orçamental, a segunda pelos abusos financeiros. Devem a si próprias a necessidade de pedir financiamento internacional, que acabou por chegar através de pacotes desenhados pelo FMI e UE. Fizeram-no em seu nome da sua solvência, mas também da sobrevivência do euro.

 

E assim, em Maio de 2010, a ajuda condicional a fortes medidas de austeridade foi acordada com o governo grego. O mesmo aconteceu com o executivo irlandês no final do ano. Em ambos os casos, com o objectivo de aliviar a pressão dos mercados, de forma a que os respectivos governos pudessem implementar reformas que reequilibrassem as contas publicas e externas.

 

Mas como é que se mede o sucesso dessas soluções? Aceitando, numa primeira fase, como bons e inevitáveis, os impactos recessivos da austeridade  – na esperança que sejam as sementes de uma recuperação mais equilibrada – parece razoável definir como medida de sucesso a evolução das taxas de juro das obrigações dos dois países no segundo mercado.