Carlos Costa vai ao Parlamento defender (mais uma vez) a sua actuação na crise BES, o banco que colapsou em 2014, meses depois do fim do programa de ajustamento da troika, e que segundo algumas estimativas já terá custado à economia nacional quase 10% do PIB. A polémica voltou a aquecer há umas semanas após uma reportagem da SIC (Assalto ao Castelo) que descreveu o desempenho do Banco de Portugal (BdP) entre o hesitante e negligente.
O governador reagiu com energia. Dois comunicados, em dois dias seguidos, após a emissão das duas primeiras partes da reportagem, que foi emitida em três dias. Na semana a seguir pediu para ser ouvido no Parlamento para defender a honra, e deu uma longa entrevista ao Público.
Com tanto alarido nas últimas semanas vale a pena sintetizar os argumentos, contra-argumentos e o contexto particular em surgem: um ano decisivo para o futuro do Banco de Portugal e para o mandato de Carlos Costa à frente da instituição.