Quinze jogos depois o líder perdeu
Novidade na Liga de Honra: o Estoril perdeu. Uma volta inteira depois, o equivalente a 15 jogos, os canarinhos voltaram a sair derrotados, e perderam bem. Vi o jogo na tv e não reconheci o líder. Não vi a determinação de outros jogos e não consegui perceber se foi apenas por o adversário ser uma boa equipa – para mim a segunda melhor do campeonato – mas pareceu-me faltar ali alguma coisa, talvez determinação. Obviamente, não estou com este comentário a retirar o mérito ao triunfo avense. O Desportivo é uma boa equipa, bem orientada e com alguns dos melhores jogadores da Honra, como Pires – avançado, goleador e português – Nélson Pedroso e Pedro Pereira. Se mantiver o nível até agora apresentado, o Aves sobe à 1.ª Liga. A equipa de Paulo Fonseca está agora a oito pontos do líder e tem dois de vantagem sobre os quartos da tabela.
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Os avenses, além de vencerem em casa, ganharam também noutros dois campos pois a Naval empatou em Freamunde (1-1) e o Moreirense perdeu (2-1) na Trofa. Vi a segunda parte deste jogo e tenho de fazer aqui uma referência em relação a comentários anteriores que deixaram um adepto do Trofense muito ofendido.
Então cá vai: obviamente, não posso ver todos os encontros da Liga de Honra, nem posso ver todos os da mesma equipa. Mas vejo tantos quanto posso e, acredito, mais do que a maioria. Além disso, não preciso de ver 10 ou mais jogos para formar opinião sobre o valor de uma equipa, bastam 3 ou 4. Escrevi aqui que o Trofense era uma das mais fracas, jogava muito pouco. Pois bem, esta manhã a minha opinião mudou, mas não mudou apenas porque o estimado leitor está ofendido. Mudou porque vi o Trofense jogar bem. Aliás, não parecia a mesma equipa da primeira metade da época. A minha conclusão: o Trofense de João Eusébio é outra equipa. Talvez por isso já não está nos últimos lugares, até está no bom caminho para se salvar. Parabéns ao treinador!
A vitória até podia ter sido mais dilatada pois o Trofense falhou dois penáltis – ambos bem assinalados por Bruno Paixão. Falhou é uma forma de dizer pois foram os dois defendidos por Ricardo Ribeiro, o mesmo guarda-redes do penálti de Bojinov.
Estive no velho José Gomes e vi o Atlético vencer o Leixões (1-0). No final, o técnico Horácio Gonçalves (primeira derrota) queixou-se de falta no golo e de um penálti não assinalado. Nem eu nem nenhum dos outros jornalistas presentes viram nada disso, mas nós devemos estar todos errados e o técnico está certo, seguramente. Mais, o treinador ainda acrescentou: “Estivemos bem e pressionámos o adversário”. Fui ver as minhas notas (nem era preciso, mas fui) e confirmei: o Leixões fez dois remates à baliza. Tudo dito sobre o assunto.
Na luta pela permanência, destaque para a vitória do Portimonense, que todos – eu inclusive – consideram já condenado. O 2-1 ao Sp. Covilhã faz sonhar os algarvios e aliviou os adeptos dos outros envolvidos nesta luta: Freamunde, Oliveirense (1-0 ao Santa Clara), União e Belenenses. Estes dois últimos empataram na Madeira, 2-2, num jogo com reviravolta no marcador e no qual os uniunistas a empatarem perto do final, de penálti. O Belém de Marco Paulo perdeu assim uma boa oportunidade de celebrar a sua primeira vitória mas, vendo a coisa de forma otimista, um empate fora é sempre positivo.
