O culpado da derrota benfiquista
Terminou o clássico e, a quente, os benfiquistas descobriram logo um bode expiatório para a derrota (2-3) com o FC Porto: Pedro Proença, pois claro, só podia ser o árbitro.
Podem queixar-se do lance do 2-3 e com razão pois foi irregular. Maicon e Otamendi estavam em fora-de-jogo, mas quem tinha obrigação de assinalar era o assistente pois o árbitro estava tapado por dezenas de jogadores.
É verdade, Proença também se enganou, ao não considerar penálti quando Cardozo tocou a bola com os dois braços, após um canto. Nesse caso enganou-se…
Aos meus amigos benfiquistas aconselho a reverem o jogo, a frio, para perceberem bem como foi possível esta derrota. E nem falo dos 20 primeiros minutos, nos quais o FC Porto trocou a bola como bem lhe apeteceu. Podemos analisar um lance concreto, esse decisivo: antes do 2-2 (64'), o Benfica partiu num contra-ataque de quatro contra dois (4 contra 2). Witsel falhou a receção e o FC Porto arrancou para o golo.
Perguntas: que culpa tem Pedro Proença em relação à forma como toda a equipa do Benfica deixou Fernando e James chegarem à área como se estivessem num treino? E quem se encolheu, depois de chegar atrasado ao lance, quando o colombiano rematou? Pois, não foi o árbitro. Como também não foi ele quem deixou Hulk rematar no 0-1, nem foi ele quem fez duas faltas por trás merecedoras de cartão amarelo.
Foi Pedro Proença o culpado da derrota no clássico? Não me parece.