— ler mais..

A Taça da Liga, a tal competição a quem poucos dão importância, vai ser muito falada nos próximos dias mas, como é hábito no futebol português, não pelos melhores motivos. Uma equipa apurou-se para..." /> — ler mais..

A Taça da Liga, a tal competição a quem poucos dão importância, vai ser muito falada nos próximos dias mas, como é hábito no futebol português, não pelos melhores motivos. Uma equipa apurou-se para..." /> A Taça da Liga, uma “campanha concertada” e a formação - Honores liga - Record

Honores liga

Voltar ao blog

A Taça da Liga, uma “campanha concertada” e a formação

26 Janeiro, 2014 590 visualizações

A Taça da Liga, a tal competição a quem poucos dão importância, vai ser muito falada nos próximos dias mas, como é hábito no futebol português, não pelos melhores motivos. Uma equipa apurou-se para a meia-final com o seu jogo a terminar 5 minutos depois de outro que devia acabar ao mesmo tempo. É grave? É. Não interessa se um clube beneficiou da situação, teoricamente não, até porque uma equipa joga apenas num dos relvados, mas se existem regras devem ser cumpridas.

Numa competição com regras estranhas – com a diferença de idades a ser um dos fatores de desempate – um jogo começar mais tarde do que o outro permitia, se estivesse em causa para o apuramento, a um dos treinadores fazer substituições para baixar a média de idades já depois do outro encontro terminar. No caso agora vivido, o FC Porto marcou já depois da partida do Sporting terminar – não está em causa o penálti, bem assinalado – mas uma regra não foi cumprida.

O caso só revela um amadorismo gigantesco da Liga, a organizadora da prova. Como é possível a Liga não controlar uma situação destas? Bastava um telefonema de um delegado da Liga para outro para os dois jogos começarem ao mesmo tempo, algo perfeitamente banal nos nossos dias. O caso já motivou reação do presidente leonino e só serviu para descredibilizar um futebol no qual a suspeição reina há anos e anos, para não dizer décadas.

Após os jogos, ouvimos novamente o treinador dos dragões levantar a voz num discurso que parece agora o seu preferido. Depois de descobrir que “existe uma campanha concertada para fragilizar o FC Porto”, como afirmou, o técnico parece ter perdido o estilo tranquilo que o caracterizava. Conclusão: o facto de os dragões não liderarem a Liga como era habitual não resulta de jogarem menos mas sim de uma “campanha concertada” e também das arbitragens desfavoráveis.

O Benfica já estava apurado e terminou o jogo frente ao Gil Vicente com nove portugueses em campo, motivo para grande destaque. No final, Jorge Jesus voltou a falar da formação do clube. Já há dias o ouvi falar do assunto e fiquei espantado, ou melhor, senti que me atiravam areia para os olhos. André Gomes, Ivan Cavaleiro e André Almeida são os exemplos do técnico mas, curiosamente, o único que joga habitualmente não fez nem um minuto na formação do clube. André Almeida passou diretamente da equipa B e fixou-se no plantel – o facto de alinhar em várias posições garantiu-lhe o lugar – porque Gomes joga uns minutos quando calha e Cavaleiro estava tapado por Ola John.

As águias têm bons valores na equipa B, alguns podiam perfeitamente estar no plantel principal, como João Cancelo ou Bernardo, tal como André Gomes, pela qualidade revelada na época passada, podia ter muitos mais minutos na equipa. O Benfica podia lutar pelo título com todos estes miúdos titulares? Isso já é outra questão e esse cenário, parece-me, seria muito difícil mas, por favor, não venham falar em grande aposta na formação.