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Uma semana em silêncio. Fiquei uma semana sem vontade de escrever aqui no blog depois do que assisti a seguir ao AcadémicaxBenfica. Algum tempo antes ouvi Pedro Henriques, o ex-jogador, (um dos com..." /> Ser prejudicado e ficar calado - Honores liga - Record

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Ser prejudicado e ficar calado

1 Outubro, 2012 661 visualizações

Uma semana em silêncio. Fiquei uma semana sem vontade de escrever aqui no blog depois do que assisti a seguir ao AcadémicaxBenfica. Algum tempo antes ouvi Pedro Henriques, o ex-jogador, (um dos comentadores que gosto de ouvir) dizer na tv que esta época as coisas melhoraram em relação à arbitragem. Talvez pelas prestações de Proença no Euro, dizia ele, os jogadores estão a respeitar mais os juizes. Muito bem, pensei, talvez a coisa melhore, considerando correta a análise. Pois bem, bastou o Benfica sentir-se prejudicado num jogo para voltar o folclore do costume. E fiquei chateado com o nosso futebol, com a nossa mentalidade de nos desculparmos sempre, com a nossa incapacidade para alterar o que está mal.

Este fim-de-semana estive em Alvalade. Em trabalho, algo que obriga a ver o jogo de outra forma, sem a paixão de quando estamos de folga e vamos apenas como adeptos. No final, o resultado pareceu-me injusto e não porque o Sporting não merecesse chegar ao empate – fez por isso e se durasse mais uns minutos provavelmente até vencia – mas por perceber que os árbitros portugueses, mesmo quando os jogadores os parecem respeitar mais, não conseguem libertar-se da tendência para beneficiar os maiores.

Vi o Estoril a jogar bem, bem melhor do que o Sporting, algo que não me espantou pois a vitória dos leões com o Gil Vicente não me convenceu muito. E vi o árbitro a estragar o jogo. Não me refiro ao penálti por assinalar sobre Luís Leal, esses erros acontecem, mas ao lance da expulsão. Para quem não sabe, a lei diz agora que quando um jogador pede cartão para o adversário deve ser ele próprio a ser admoestado. Nesse sentido, Nuno Almeida cumpriu a lei, o problema foi a asneira anterior pois devia era ter dado cartão amarelo a Carrillo por aquela entrada (só me apercebi na tv) e, nesse caso, já o jogador do Estoril não ficava a perguntar pelo cartão (algo que não devia ter feito). Tenho também sérias dúvidas se o mesmo árbitro faria o contrário com os jogadores trocados. A expulsão mudou o jogo completamente e, para mim, retirou-lhe alguma verdade, o que me chateia.

E este é um exemplo do maior problema dos nossos árbitros, eles intimidam-se facilmente. Não acredito que o árbitro em causa seja corrupto, como não acredito que vá para algum estádio com intenção de prejudicar uma equipa, mas também ninguém me convence de que eles (a maioria) se impressionam com a força dos grandes e só por isso ficam a um pequeno passo de fazer asneira.

No final, ouvi o treinador do Estoril dizer o seguinte: “não falo de arbitragens, não falo quando sou prejudicado pois também não o faço quando sou beneficiado.” E este é o exemplo que todos deviam seguir, ficar calados quando são prejudicados para o nosso futebol melhorar, para não pressionarem o árbitro do jogo seguinte, para não assistirmos ao folclore triste da semana passada e para ver se acabavam os programas de tv dedicados aos erros dos árbitros nos jogos dos três grandes.

E a fechar, agora um desabafo de adepto: mesmo desiludido por ver o meu clube não ganhar, fiquei muito satisfeito por ouvir o treinador dizer o que disse.

E a jornada deu-nos ainda duas frases para deixar qualquer um baralhado. “Este não é o meu Sporting”, por Ricardo Sá Pinto; “Isso gostava eu de saber”, por Vítor Pereira, em resposta ao que teria feito o FC Porto entrar tão mal na segunda parte do jogo com o Rio Ave.