Honores liga

Quem é o melhor treinador da 1.ª Liga?

Esta duvida tem-me surgido algumas vezes recentemente. Basta algum amigo começar a defender que Jardim é melhor do que Jesus, ou vice-versa, para ficar a pensar no assunto.

Quando imaginei neste post surgiu-me outro pensamento: o melhor é quem tem mais títulos? Se é assim, Jesualdo (ainda estava no Sp. Braga) é o maior pois foi tri-campeão. Depois, lembrei-me: Jesualdo demorou 27 épocas até ser campeão nacional e só ganhou títulos no FC Porto! Pois, o critério não pode ser apenas o dos títulos.

Sendo assim, aqui deixo alguns dos aspetos das carreiras dos principais treinadores da nossa Liga.

Quem é o melhor? Cada um pode chegar a uma conclusão. (seguem pela ordem da atual classificação)

– JORGE JESUS (Benfica)

Épocas de carreira: 25.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 6

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: 20

Títulos antes de chegar a um grande: 1 Taça Intertoto

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 5.º (Belenenses e Sp. Braga)

Títulos: 5 – 1 vez campeão nacional (Benfica); 3 Taças da Liga (Benfica); 1 Intertoto (Sp. Braga)

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– LEONARDO JARDIM (Sporting)

Épocas de carreira: 17.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 14

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: 16

Títulos antes de chegar a um grande: Campeão da 2.ª Liga, Campeão grego e vencedor da Taça da Grécia*

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 3.º (Sp. Braga)

Títulos: 3 – Campeão da 2.ª Liga (Beira-Mar); Campeão da Grécia (Olympiakos); Taça da Grécia (Olympiakos)*

* Saiu antes do final dessa época

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– PAULO FONSECA (FC Porto)

Épocas de carreira: 9.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 7

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: 8

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 3.º (Paços de Ferreira)

Títulos: 1 Supertaça (FC Porto)

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– MARCO SILVA (Estoril)

Épocas de carreira: 3.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 1

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: campeão da 2.ª Liga

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 5.º (Estoril)

Títulos: 1 – campeão da 2.ª Liga (Estoril)

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– MANUEL MACHADO (Nacional)

Épocas de carreira: 21.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 9

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: Campeão Nacional de Juniores; Campeão da 2.ª Liga

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 4.º (Nacional)

Títulos: 2 – Campeão Nacional de Juniores (V. Guimarães); Campeão da 2.ª Liga (Moreirense)

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– RUI VITÓRIA (V. Guimarães)

Épocas de carreira: 12.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 7

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: 1 Taça de Portugal; duas vezes campeão da 2.ª Divisão B

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 6.º (V. Guimarães)

Títulos: 3 – 1 Taça de Portugal (V. Guimarães); duas vezes campeão da 2.ª Divisão B (Fátima)

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– JORGE PAIXÃO (Sp. Braga)

Épocas de carreira: 14.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 13

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: estreia na 1.ª Liga

Títulos: não tem

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– PEDRO MARTINS (Marítimo)

Épocas de carreira: 10.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 5

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 5.º (Marítimo)

Títulos: não tem

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– JOSÉ COUCEIRO (V. Setúbal)

Épocas de carreira: 11.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 1

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: 2

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 16.º (Alverca)*

Títulos: 1 Taça de Portugal (V. Setúbal)**

* era 7.º classificado no V. Setúbal quando foi contratado pelo FC Porto, a meio da época

** apurou o Vitória para os quartos-de-final – já não era o treinador na final

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– SÉRGIO CONCEIÇÃO (Académica)

Épocas de carreira: 4.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: 1

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 8.º (Olhanense)

Títulos: não tem

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– NUNO ESPÍRITO SANTO (Rio Ave)

Épocas de carreira: 4.ª*

Épocas até chegar à 1.ª Liga: estreou-se como treinador principal na 1.ª Liga

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: nenhum

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 6.º (Rio Ave)

Títulos: não tem

Nota: está apurado para disputar a final da Taça da Liga 13/14

* nas duas primeiras épocas de técnico era treinador de guarda-redes

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– PEDRO EMANUEL (Arouca)

Épocas de carreira: 5.ª

Épocas até chegar à 1.ª Liga: estreou-se como técnico principal na 1.ª Liga

Épocas até chegar a um dos 3 grandes: ainda não chegou

Títulos antes de chegar a um grande: 1 Taça de Portugal; 1 vez Campeão Nacional de Juvenis

Melhor classificação antes de chegar a um grande: 13.º (Académica)

Títulos: 1 Taça de Portugal (Académica); Campeão Nacional de Juvenis (FC Porto)

Já há algum tempo que não lanço um destes desafios.

Aqui fica uma equipa portuguesa dos anos 70. À partida não há nenhum craque neste onze mas olhando ao pormenor está uma figura conhecida.

Pistas:

– Pelo menos um dos jogadores alinhou várias épocas no escalão principal, embora com outra camisola.

– Um dos jogadores ganhou a Taça de Portugal.

Mais pistas:

– O jogador em causa ganhou a Taça de Portugal como treinador. Ganhou também uma Supertaça.

Que equipa é esta?

Linha direta de 8 de fevereiro de 2014

Semana de dérbi em Portugal é, infelizmente, sinónimo de falar de arbitragem durante dias e dias, antes e depois da partida. Nos clássicos é igual, só mudam as cores dos clubes. É este o futebol que temos: a desconfiança, as tricas, as conversas de café alimentam os adeptos nestes dias mas os exemplos chegam dos próprios clubes.

O mais triste, no entanto, nem é viver o dérbi desta forma, pior é o estado a que chegou esta questão da arbitragem, tornando muito difícil escolher quem apita o dérbi. Jorge Sousa era o primeiro eleito para apitar o Benfica-Sporting mas recusou a nomeação. Não quer arbitrar jogos dos encarnados – não está para ser insultado caso não corra bem.

Já o Benfica não quer Pedro Proença, um dos melhores do mundo, nos seus encontros pois considera o internacional prejudicial às suas cores. Tal como o FC Porto não quer Bruno Paixão nas suas partidas e o Sporting não quer outros quatro, sim quatro: Bruno Paixão, Duarte Gomes, João Capela e Manuel Mota, todos considerados em Alvalade como “benfiquistas assumidos.”

Perante este cenário, sobram poucas opções a Vítor Pereira, o responsável pelas nomeações e que normalmente parece pouco preocupado em colocar os melhores nos jogos mais escaldantes.

Este estado só pode mudar com uma alteração profunda na forma de encarar a  atuação dos juízes: multar quem fala dos árbitros. Multar mas a sério, sem piedade, como fazem em Inglaterra. Por lá, não perdoam.

Em 2011 André Villas-Boas, então no Chelsea, pagou cerca de 14 mil euros por considerar “muito pobre” a actuação do árbitro Chris Foy no jogo com o QPR. O técnico português acusou ainda o juiz de se deixar influenciar pelos adeptos no Loftus Road, casa do QPR.

Já esta época, a FA (Federação Inglesa de Futebol), multou Brendan Rodgers, treinador do Liverpool, em cerca de 10 mil euros, pela forma como criticou o árbitro do jogo frente ao Man. City. A FA considerou que o técnico colocou em causa o bom nome do juiz.

Em Portugal, quando Jorge Jesus foi suspenso pelas declarações após um Benfica-FC Porto – o tal castigo cumprido quando não havia campeonato – o técnico foi também multado, teve de pagar 1500 euros…

Só há um caminho para isto mudar: multas altas para quem falar dos árbitros, antes ou depois dos jogos. Sejam jogadores, treinadores ou dirigentes. Se as multas forem de 20 mil euros cada vez que algum destes agentes criticar as arbitragens, talvez deixem de o fazer.

Eusébio foi campeão português pelo Benfica 11 vezes mas conquistou outro título nacional. Venceu a NASL, em 1976, sagrando-se campeão dos Estados Unidos, numa Liga pela qual passaram (nos anos seguintes) estrelas como Pelé, Beckenbauer, Cruijff e Neeskens, entre outros.

Recordo esta pequeno episódio da história da carreira do Rei por dois motivos. Primeiro: só agora vi o golo em causa. Segundo: os contornos da vitória que acabou por levar o Toronto Metros-Croatia – a equipa de Eusébio – ao título.

Na meia-final da NASL de 1976 a formação de Toronto deslocou-se ao terreno do Tampa Bay Rowdies, campeão no ano anterior e favorito à revalidação do título. Os Rowdies não tinham perdido qualquer jogo em casa durante a época regular – nessa fase até tinham vencido em Toronto – e estavam confiantes na presença em nova final. Tão confiantes que, alguns dias antes do jogo, reservaram lugares de avião para Seattle, onde se disputava a final. Esse pormenor do avião reservado chegou rapidamente a Toronto, deixando Eusébio e companheiros espantados.

Os Metros-Croatia venceram em Tampa, 2-0, e qualificaram-se para a final, na qual bateram os Minnesota Kicks (3-0).

Eusébio marcou o primeiro golo e marcaria também o 1-0 na final.

(o vídeo não chega a 3 minutos mas quem não quiser ver tudo, o golo de Eusébio é aos 1:40)

NOTA: Um leitor achou mal eu não explicar que Toronto fica no Canadá e não nos Estados Unidos, por isso, aqui fica o reparo. A NASL (North American Soccer League – Liga de futebol da América do Norte), era vulgarmente conhecida por Liga profissional dos Estados Unidos mas também participavam equipas do Canadá, por exemplo Vancouver Whitecaps, Edmonton Drillers ou Toronto Metros-Croatia – a equipa de Eusébio – mais tarde rebatizada Toronto Blizzards)

Acabou, finalmente, janeiro, o tal mês no qual as equipas se podem reforçar. Chegaram novos craques mas sobre esses só vamos saber se são mesmo reforços nos próximos meses. Já em relação a alguns dos jogadores que partiram não tenho dúvidas de que a nossa Liga ficou mais pobre como se pode ver pelos exemplos que aqui deixo. Não são todos artistas do mesmo nível mas para os clubes que os perdem vão fazer falta, maior ou menor. Quatro craques que tenho pena de deixar de ver nos nossos campos: Lucho, Matic, Luís Leal e Mateus.