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Portugal ainda não está fora do Campeonato do Mundo, depois da goleada sofrida perante a Alemanha (0-4) e o empate (2-2) com os Estados Unidos. Mas, realisticamente,  a probabilidade de atingir o..." /> Réstea de esperança… injusta - Olhos de ver - Record

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Réstea de esperança… injusta

23 Junho, 2014 760 visualizações

Portugal ainda não está fora do Campeonato do Mundo, depois da goleada sofrida perante a Alemanha (0-4) e o empate (2-2) com os Estados Unidos. Mas, realisticamente,  a probabilidade de atingir os oitavos-de-final estará pouco acima de zero. E essa convicção nem resulta muito da necessidade de anular 5 golos de desvantagem (o que é bastante improvável) na derradeira partida. Tenho é imensa dificuldade em imaginar que alemães e norte-americanos não empatem entre si (resultado que apura as duas equipas), tendo em conta que o técnico dos “States” é germânico e que foi ele quem “inventou” Joachim Low, durante alguns anos o seu adjunto… na selecção alemã. Mas, mais improvável ainda, é imaginar que a Selecção Nacional vença o Gana. Isso, com toda a sinceridade, é que me parece impossível.

E qual a razão para eu, que tenho sempre a secreta esperança de ver Portugal brilhar nas grandes competições internacionais, não acreditar mininamente num êxito sobre o Gana? A resposta é simples: ter ainda na memória o que a Selecção fez (e não fez) nos embates anteriores. Quem só conseguiu aguentar 10 minutos em cada encontro, antes de começar a arrastar-se em campo, com inúmeros jogadores a apresentarem lesões que ninguém percebe como e onde acontecem, só por milagre conseguirá travar uns ganeses algo desorganizados, é certo, mas que têm na velocidade, muito provavelmente, a sua principal arma. Em condições normais diria que Portugal ultrapassaria os ganeses 9 vezes em cada 10 encontros, por ser um conjunto mais inteligente em campo, por ter elementos mais experientes. Como a coisa está acho conseguimos vencer 1 em 10, pois já imagino os africanos a correrem que nem setas, com os nossos jogadores a olhar, impotentes.

Não sou entendido na matéria e, por isso mesmo, recuso-me a discutir o calor, a humidade e o facto de Campinas ter sido escolhido como “quartel-general”, assim como os Estados Unidos (cidades pouco quentes) para os dois últimos jogos de preparação. O que sei – e foi corroborado por Paulo Bento e Raul Meireles, por exemplo – é que as condições climatéricas são iguais para as duas equipas que disputam um jogo. E se os gigantes alemães, oriundos de um país bem mais frio que o nosso, aguentaram melhor que os portugueses o calor e a humidade… alguma explicação tem de existir para isso. Espero é que, finda esta turbulenta passagem por um Mundial que, por ser onde é e por contarmos com o melhor futebolista a actualidade, devia ser algo de inesquecível para os portugueses, alguém responsável nos dê respostas. O País merece (e tem o direito) saber o que esteve na origem destes desempenhos humilhantes. Sim, não acredito que tudo se resuma a uma questão de sorte, até porque essa, como se sabe, costuma dar muito trabalho a alcançar.

Findo isto, resta acrescentar que Portugal, pelo que jogou contra os Estados Unidos, não merecia ainda estar a fazer contas de calculadora na mão. Klinsmann exagera quando diz que os norte-americanos podiam ter goleado, mas todos vimos que, caso existisse justiça no desporto, a vitória no encontro só podia ser dos “States”. E quando uma selecção portuguesa de futebol é inferior perante uma dos Estados Unidos, o melhor que nos pode acontecer é sair de cena, de modo a evitar humilhações maiores. Nem quero imaginar o que poderia acontecer a Portugal perante equipa “a sério”. Os 4-0 com a Alemanha, recorde-se, tiveram “desconto”. Se eles quisessem ou precisassem… a goleada teria sido bem mais pesada.

PS – Paulo Bento é o treinador e fez as suas escolha. Respeito-as, naturalmente, mas não concordei com elas na altura da sua divulgação e, claro, continuo a considerar que houve erros. Pelo que se tem visto, por exemplo, Quaresma não fazia mais falta do que Vieirinha e/ou Rafa que, depois de tanto tempo parados, continuam sem ser solução numa equipa sem… soluções? E Bebé, que acabou tão forte a liga portuguesa, não seria mais útil que um Postiga visivelmente sem condições para jogar?