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A estreia portuguesa no Mundial do Brasil não podia ter sido pior (bom, caso os germânicos tivessem feito questão disso, ainda se arranjava algo mais negro…). A Selecção jogou mal; cometeu e..." /> É hora de ganhar ou… ganhar - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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É hora de ganhar ou… ganhar

19 Junho, 2014 765 visualizações

A estreia portuguesa no Mundial do Brasil não podia ter sido pior (bom, caso os germânicos tivessem feito questão disso, ainda se arranjava algo mais negro…). A Selecção jogou mal; cometeu erros verdadeiramente infelizes; sofreu três lesões graves (a de Rui Patrício só se percebeu no dia seguinte); teve uma expulsão completamente estúpida; jogou mais de uma parte em inferioridade numérica; sofreu uma grande penalidade logo nos primeiros minutos; não teve possibilidade de mexer tacticamente através das substituições; levou com um árbitro de critérios ambíguos e, pelo meio, ainda apanhou uma Alemanha tão forte quanto feliz e inspirada. Em resumo: levámos 4 e podiam ter sido mais. Mas, por outro lado, perdemos apenas um jogo. A questão é que perdemos como nunca antes havíamos perdido em fases finais de Mundiais ou Europeus…

Já aqui tinha expressado a minha sensação de que, desta vez, não teríamos muitas chances de alcançar um posto de relevo, pois a maioria dos principais jogadores não atravessa um período de forma por aí além. No entanto, mesmo continuando com essa convicção, não quero acreditar que, nesta altura, a Selecção esteja com receio de enfrentar equipas como os Estados Unidos e Gana.

Eu sei que os norte-americanos e os africanos não são assim tão maus. E recordo-me bem do que sucedeu quando, em 2002, num Mundial também marcado pelo calor, humidade e com a principal figura nacional a “meio gás”, não passámos da fase de grupos quando os parceiros eram estes mesmos “States”, a Coreia do Sul e a Polónia. E mais facilmente tenho memória da prova de 2010, quando não fomos além de um nulo com a Costa de Marfim que, mais ou menos coisa, não difere muito do Gana. Em resumo, a história, ainda por cima recente, aconselha-nos imensas cautelas.

Mas, repito, cuidado e respeito pelo valor alheio é algo que se entende, pensar que não somos favoritos é outra. Portugal, mesmo depois de ter sido goleado, mesmo sabendo-se que não vai alinhar com o seu onze teoricamente mais forte, só tem de assumir o jogo e derrotar adversários que, sem dúvida alguma, não possuem a mesma qualidade ou estaleca ao mais alto nível.

E se falharmos? Bom, se isso acontecer, então ainda bem que a Selecção regressará de imediato a casa. Quem não aguenta Estados Unidos e Gana não pode pensar em altos vôos, em enfrentar e derrotar equipas como Brasil, Argentina, Holanda ou Itália. Com esses, como diante da Alemanha, todos os desfechos são possíveis e até as derrotas devem ser encaradas como normais (os desaires, não as diferenças). Face a formações como aquelas que ainda temos pela frente na fase de grupos, tudo o que não seja vencer será sempre mau. Por isso, agora, é hora de ganhar ou… ganhar.