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Começa a ser complicado comentar a época futebolística do Sporting. Quando se pensa que é impossível ir mais ao fundo, os leões “conseguem” derrapar ainda mais e a crise agrava-se. E o pior é que..." /> — ler mais..

Começa a ser complicado comentar a época futebolística do Sporting. Quando se pensa que é impossível ir mais ao fundo, os leões “conseguem” derrapar ainda mais e a crise agrava-se. E o pior é que..." /> Quem inveja Vercauteren? - Olhos de ver - Record

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Quem inveja Vercauteren?

5 Novembro, 2012 693 visualizações

Começa a ser complicado comentar a época futebolística do Sporting. Quando se pensa que é impossível ir mais ao fundo, os leões “conseguem” derrapar ainda mais e a crise agrava-se. E o pior é que ninguém imagina onde estará o fim deste tenebroso ciclo que, naturalmente, deixa sócios e simpatizantes à beira de um ataque de nervos. 

Por estes dias, a família sportinguista olha com apreensão para o calendário, pois a data dos jogos é sinónimo de preocupação, angústia e até desespero. E, efectivamente, o caso não é para menos. Cumpridas 8 jornadas na Liga, o clube de Alvalade – que pensava ter reais condições para pensar na conquista do título – está 1 escasso ponto acima dos lugares de descida de divisão e pratica um futebol ao nível dos emblemas que têm como única meta escapar à despromoção. De resto, analisar o desempenho leonino no Nacional passa por constatar dados verdadeiramente impensáveis. Quem acreditaria, antes da bola rolar, que o Sporting seria, nesta altura, a equipa com menos pontos conquistados fora de casa (2), com menor número de golos apontados enquanto visitante (2) ou que lideraria os “rankings” de total de cartões e amarelos? Muito provavelmente… ninguém!

Em Setúbal, na estreia de Vercauteren no banco, o Sporting jogou consideravelmente melhor do que nas semanas anteriores. No entanto, como tantas vezes sucede quando as equipas estão na mó de baixo, até a sorte lhe virou as costas. Os sadinos inauguraram o marcador num lance em que Rui Patrício foi “traído” por Rojo e selaram o triunfo numa jogada em que Meyong dá a ideia de – embora ligeiramente – ter partido de posição irregular.  Ainda assim, é justo dizer, o conjunto de Alvalade voltou a exibir debilidades várias. Demasiadas se tivermos em conta que o orçamento da equipa chegaria para pagar várias temporadas do opositor.

Com o Campeonato virtualmente perdido, com a eliminação na Taça de Portugal consumada e com as probabilidades de êxito na Liga Europa bastante reduzidas, creio que muitos adeptos leoninos preferiam ver a época terminar desde já. Abdicar da Taça da Liga até podia ser encarado de forma pacífica. A sua confiança na equipa é tão baixa que, a maioria, preferia passar por um período de “desintoxicação futebolística”. Todavia, isso não vai ser assim. O Sporting terá mesmo de jogar…

Vercauteren, que começou por dizer na apresentação que muitos gostariam de estar no seu lugar, não tardou a mostrar desalento com o que encontrou em Alvalade. O belga, após o desaire no Bonfim, não colocou em causa o empenho dos seus homens, mas sim a respectiva qualidade futebolística. Por outras palavras, logo ao primeiro teste, o novo treinador deu a entender que, na reabertura do mercado, vai propôr guia de marcha a jogadores que têm actuado com regularidade. Só ainda não se percebeu se o clube vai “descobrir” dinheiro para investir em atletas com outra capacidade ou se irá fazer uma autêntica revolução com os jovens da equipa B. Certo é que o técnico já entendeu que, afinal, o seu lugar não é assim tão apetecível.

Paralelamente à derrocada desportiva, financeira e psicológica (as redes sociais estão inundadas de piadas relacionadas com o mau momento da equipa), o presidente Godinho Lopes continua a assobiar para o lado. Convicto de que não tem culpa alguma no cartório, o responsável máximo do clube deve andar entretido à procura de mais bodes expiatórios. Um destes dias – se entretanto ninguém o convencer a abdicar por total incapacidade para resolver os muitos problemas – até o roupeiro Paulinho pode correr o risco de ser responsabilizado por este período histórico. Historicamente cinzento, aliás…