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Acho muito bem que Portugal – a exemplo do que se passa com outras selecções de topo – aproveite o estatuto conquistado para, aqui e ali, sacar uns cobres a quem tem o desejo de defrontar as melh..." /> O dinheiro do Gabão - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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O dinheiro do Gabão

15 Novembro, 2012 770 visualizações

Acho muito bem que Portugal – a exemplo do que se passa com outras selecções de topo – aproveite o estatuto conquistado para, aqui e ali, sacar uns cobres a quem tem o desejo de defrontar as melhores equipas do planeta mas, manifestamente, não possui qualidade para marcar presença nas grandes competições internacionais. Por isso, antes do mais, compreendo a viagem da Selecção ao Gabão.

No entanto, tenho dificuldades em aceitar que não se assuma, claramente, o que estava em jogo. E neste caso concreto, a única coisa que interessava era mesmo embolsar os cerca de 800 mil euros que os “loucos” gaboneses – o dinheiro não lhes fará falta para algo mais útil à população? – resolveram oferecer à Federação Portuguesa de Futebol.

Entendo que Paulo Bento, como qualquer outro seleccionador, aproveite as datas previamente definidas pela FIFA para, perante a ausência de compromissos oficiais, realizar jogos de preparação com vista a ensaiar os jogos “a doer”. No entanto, por mais que esse seja o discurso oficial, rejeito que a Selecção tenha testado o que quer que seja em Libreville. O que é que o Gabão tem a ver com a equipa de Israel, o próximo opositor, em Março, na qualificação para o Mundial de 2014? Nada! O relvado será parecido? A temperatura ou o clima? Nada! E já agora, quantos jogadores dos que estiveram no Gabão serão titulares? Poucos!

Portugal foi ao Gabão ganhar dinheiro, mas preparou pouco ou nada para o futuro a curto-médio prazo e nem sequer conseguiu anular a má sequência de resultados. Encher os cofres, para que nada falte à equipa principal e às selecções jovens, é uma excelente ideia, mas isso foi a única coisa positiva desta jornada. De resto, do resultado à exibição – passando pelo risco que os jogadores correram ao jogar num batatal – foi tudo dispensável. E vá lá, vá lá, que o jogo acabou empatado…