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A recente expulsão de Labyad no Sporting-Gil Vicente foi só mais um exemplo das cenas caricatas que, de tempos a tempos, acontecem no futebol português e nos levam a considerar que, aqui e ali, ex..." /> Castigos e castigos - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Castigos e castigos

28 Setembro, 2012 748 visualizações

A recente expulsão de Labyad no Sporting-Gil Vicente foi só mais um exemplo das cenas caricatas que, de tempos a tempos, acontecem no futebol português e nos levam a considerar que, aqui e ali, existe muita gente a desempenhar funções para as quais não está visivelmente qualificado.

Mas se a expulsão do marroquino foi absurda, a não despenalização do futebolista é pior. Depois de ver e rever as imagens que ditaram a (injusta) amostragem do segundo amarelo a Labyad, pensei que o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) iria fazer justiça e anular o vermelho exibido por Vasco Santos. Enganei-me. A expulsão foi validada e o jogador vai mesmo cumprir castigo. Logo, concluo que quem avaliou a situação não viu – pelo menos atentamente – o lance na parte final do jogo de Alvalade. Caso contrário… não ajuizaria desta forma.

Mesmo admitindo que Labyad seria injustiçado, aceitaria como normal o castigo imposto se o CD se limitasse a aplicar sanções a partir das decisões dos árbitros durante os jogos. Contudo, convém recordar que, logo na ronda inaugural da Liga, sucedeu um outro caso bizarro que deixou claro que isso não seria exatamente assim. No Benfica-Sp. Braga, Artur Soares Dias confundiu Custódio com Douglão e acabou por mostrar o segundo amarelo ao defesa brasileiro, quando devia ter sido o internacional português a ser admoestado pela primeira vez. Dias depois, para surpresa geral, o vermelho desapareceu e o médio foi “amarelado” na secretaria. A decisão, atípica é certo, tinha o condão de repor a verdade dos factos. No entanto, abriu um precedente perigoso, pois, como confirmámos agora, as imagens não são sempre utilizadas para despenalizar quem nada fez ou culpar quem passou sem o devido castigo no jogo.

Mas regressemos ao Benfica-Sp. Braga. O que fariam os minhotos se, em vez do 2-2, tivessem saído da Luz derrotados e depois tivessem a certeza – através das imagens e da decisão do CD – que não deviam ter jogado 20 minutos em inferioridade numérica? Provavelmente… protestariam o encontro e, claro, estariam cobertos de razão, pois a decisão do Conselho de Disciplina comprovou que os bracarenses tinham sido vítimas de um erro grave do árbitro que podia ter influenciado o resultado. Como seria resolvido esse “embrulho”? Não tenho a certeza, mas palpita-me que se o Benfica tivesse ganho, a decisão do CD passaria por deixar Douglão com um vermelho e Custódio sem amarelo. Era mais fácil!