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O Académica-Benfica de domingo foi uma partida bastante emotiva. Só não consigo qualificá-la como espectáculo de qualidade porque, entre o esforço e dedicação dos futebolistas, passeou-se um sujei..." /> Xistra: um aselha como bode expiatório - Olhos de ver - Record

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Xistra: um aselha como bode expiatório

24 Setembro, 2012 627 visualizações

O Académica-Benfica de domingo foi uma partida bastante emotiva. Só não consigo qualificá-la como espectáculo de qualidade porque, entre o esforço e dedicação dos futebolistas, passeou-se um sujeito sem o mínimo jeito para o desempenho da função que lhe estava destinada.

Carlos Xistra – que objectivamente prejudicou mais os encarnados – teve uma jornada verdadeiramente absurda, coleccionando um sem número de disparates grosseiros que, no mínimo, deveriam ditar uma paragem longa da sua actividade enquanto árbitro. Sim, quem vê penáltis onde eles não existem; ignora outros à sua frente; assinala mal foras-de-jogo; marca infracções ao contrário e consegue deixar passar em claro entradas que, para além de faltosas, mereciam sanções disciplinares… precisa de descansar, de reflectir, de equacionar este seu “hobby” que, num país onde o desemprego não pára de aumentar, é consideravelmente remunerado.

Percebo a indignação de Jorge Jesus (palpita-me que deverá estar de castigo em Junho ou Julho de 2013) que, no final da partida, não poupou críticas ao homem do apito. Contudo, não subscrevo a ideia de que o Benfica só não ganhou devido aos erros de Xistra. O albicastrense inventou, de facto, os penáltis que estiveram na origem dos dois golos da Académica, mas as águias poderiam, tranquilamente, ter superado essa dificuldade suplementar caso  conseguissem ser competentes no seu desempenho.

Xistra foi aselha e, se calhar, está a mais na arbitragem, mas é injusto pretender transformá-lo em bode expiatório de todos os males exibidos pelos encarnados em Coimbra. Não foi ele que atirou três bolas aos ferros; que permitiu aos estudantes contra-ataques perigosos que deviam ter sido anulados longe da baliza de Artur; que não soube tirar proveito de jogar cerca de 45 minutos em superioridade numérica (algo que já se verificara na ronda inaugural com o Sp. Braga) ou que demorou a proceder a substituições obrigatórias (Bruno César e Rodrigo estiveram sempre a mais em campo, apesar do avançado ter atirado uma bola ao poste).

Jesus tem a seu favor o facto de, com a época já a andar, ter sido obrigado a reformular a equipa devido às saídas de Javi Garcia e Witsel e ao castigo de Luisão, mas isso, por si só, também não justifica tudo, apenas lhe concede maior espaço de manobra junto de Luís Filipe Vieira (as recentes declarações do presidente, aceitando alguma quebra de competitividade, assim o confirmam). O técnico, quando afirmou que o seu conjunto podia ter marcado 3 golos logo nos primeiros 15 minutos do duelo com os estudantes, não mentiu, nem se enganou. E nesse período… Xistra ainda parecia ser um árbitro “a sério”. Independentemente do circo a que se assistiu mais tarde, a verdade é que o Benfica se colocou a jeito por culpa própria. E por isso não ganhou um jogo em que podia ter goleado, e por isso já está atrás do FC Porto…