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Depois de uma vitória bem conseguida pelo FC Porto em Zagreb, a segunda parte da jornada inaugural da fase de grupos da edição 2012/13 da Liga dos Campeões não foi particularmente famosa para os c..." /> Oportunidades perdidas na Europa - Olhos de ver - Record

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Oportunidades perdidas na Europa

20 Setembro, 2012 731 visualizações

Depois de uma vitória bem conseguida pelo FC Porto em Zagreb, a segunda parte da jornada inaugural da fase de grupos da edição 2012/13 da Liga dos Campeões não foi particularmente famosa para os clubes portugueses. Bom… não foi famosa, nem boa.

No plano teórico, empatar fora um jogo da principal prova europeia de clubes é positivo. Tal como também é agradável sair sem derrota de um terreno onde, nas três visitas anteriores, nem uma igualdade se conseguira. De resto, controlar uma partida após tanto tempo sem duelos oficiais e numa altura em que a base do conjunto ficou sem peças tão influentes como Javi Garcia e Witsel – a que se devem juntar as ausências momentâneas de Maxi Pereira e Luisão – devia ser suficiente para dizer que o Benfica saiu de Glasgow com um nulo prometedor. E Jorge Jesus, assim como todos os futebolistas encarnados que falaram após o embate na Escócia, disseram isso mesmo. Não consigo acompanhá-los.

As águias obtiveram 1 ponto que pode ser importante para as contas finais do grupo, é verdade, mas deixaram escapar uma oportunidade soberana para derrotar um Celtic esforçado, voluntarioso como é tradicional quando actua diante dos seus adeptos, mas sem qualidade futebolística para sonhar com altos vôos numa prova tão exigente quanto a Liga dos Campeões. Se é justo dizer que o Benfica conquistou 1 ponto na Escócia, não é errado afirmar que perdeu 2. E só os perdeu porque, basicamente, jogou sempre mais preocupado em não ser derrotado do que em ganhar.

Consigo compreender a forma demasiado cautelosa como Jesus elaborou a estratégia para Glasgow. Com uma defesa remendada e composta maioritariamente por jogadores sem experiência a este nível (e ainda com mais “inovações” no meio-campo e a titularidade de elementos pouco “rodados” esta temporada), o técnico benfiquista preocupou-se essencialmente em segurar o ímpeto contrário e, nesse aspecto, nada há a dizer. Os encarnados não permitiram uma única grande oportunidade ao Celtic. Mas, é exactamente por ter conseguido com relativa facilidade segurar o opositor, que me parece que o Benfica devia ter sido mais assertivo na procura do triunfo. Fiquei com a ideia de que não era assim tão difícil.

De resto, o empate só não foi mais penoso para as águias porque o Barcelona, depois de ter entrado nos derradeiros 20 minutos a perder em casa com o Spartak Moscovo, lá logrou dar a volta. Se os catalães não tivessem confirmado o seu favoritismo, o Benfica ainda sentiria mais o sabor agridoce da igualdade em Glasgow.

Em Braga, a derrota do Sporting local é que foi péssima. Peseiro afirmou que a competição não está decidida após a partida com o Cluj. Tem razão. Mas, ficaria bastante admirado se os minhotos conseguissem a qualificação para a fase seguinte mesmo depois de terem sido batidos em casa pelos romenos. Aliás, adianto já que se o alcançarem será… sensacional.

Apesar de ter dominado todo o encontro, a formação minhota foi infeliz e displicente (na hora de visar a rede contrária, mas também quando chamada a suster o contra-golpe opositor). A saída de Lima parece ter provocado uma súbita quebra de eficácia atacante na equipa e, agora, a descida dos níveis de confiança também já é evidente.

PS – O meu respeito e admiração por Lucho González. Saber da morte do pai horas antes do jogo com o Dínamo de Zagreb e, ainda assim, fazer questão de alinhar não é para todos. Mesmo destroçado, o argentino optou pelo caminho mais difícil, mas sensato: ajudou onde podia. Mereceu, mais do que ninguém, o golo e a vitória.

PS 1 – A exibição de André Almeida em Glasgow prova, pela enésima vez, que os principais clubes portugueses não têm necessidade de, ano após ano, gastar milhões a contratar um sem número de jovens promessas estrangeiras. Em Portugal – e especificamente nas fileiras dos grandes – também existem futebolistas com valor, capazes de “tapar buracos” quando necessário.