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Segundo consta por aí – e não deve ser por acaso que se ouve isso… – ainda não é certo que a ideia de impedir o empréstimo de futebolistas entre emblemas do escalão principal vá avante. Pe..." /> Equidade só para alguns - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Equidade só para alguns

10 Julho, 2012 627 visualizações

Segundo consta por aí – e não deve ser por acaso que se ouve isso… – ainda não é certo que a ideia de impedir o empréstimo de futebolistas entre emblemas do escalão principal vá avante. Pessoalmente, contudo, gostava que a medida fosse mesmo aprovada. Por concordar cegamente com ela? Não propriamente. Apenas porque desconfio que essa regulamentação iria fazer com que muitos dirigentes gastassem umas noites a inventar formas de a ludibriar, mas também por considerar que, em definitivo, devem acabar as lesões de última hora ou as gripes fora de tempo que, ciclicamente, afastam alguns jogadores preponderantes em determinadas equipas quando o calendário lhes reserva confrontos com a verdadeira entidade patronal.

Não sou entendido em leis. Jamais tirei algum curso relacionado com isso e, se a memória não me falha, penso que nem me inscrevi em nada do género. Ainda assim, creio que o futebol português – para não variar – vai entrar num período pitoresco se, para além da tal questão dos empréstimos, alguém se lembrar de questionar a legitimidade de uma norma que apenas permite a seis emblemas do escalão principal ter formações secundárias. Dito de outra forma: entendo que determinados clubes queiram ter equipas B. Não compreendo é que outros não possam ter…

Éevidente que uma Segunda Liga hipoteticamente com 32 participantes – caso todos os clubes da divisão principal desejassem ter equipas B e reunissem condições financeiras para avançar com o projeto – seria algo de bizarro (a menos que se disputasse com duas séries de 16), mas também não deixa de ser estranho perceber que só alguns dos emblemas da divisão principal podem beneficiar de determinadas benesses existentes para quem possui formações B. Quais? Basta, por exemplo, falar da possibilidade de utilizar mais futebolistas durante uma época desportiva. FC_Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga, V. Guimarães e Marítimo não têm o mesmo limite de inscrição de jogadores na Liga que os seus adversários, pois ao longo da temporada podem utilizar também os elementos que, de entrada, são designados como membros da turma B. Os restantes 10 participantes na 1.ª Liga partem, de forma clara, em evidente desvantagem. E isso, no meu entendimento de leigo no que a leis diz respeito, é errado. Tanto que, fazendo uso de uma expressão tão em voga nos últimos dias, me parece evidente a falta de… equidade.

Um maior poderio económico deve possibilitar adquirir melhores profissionais, utilizar instalações mais adequadas e reunir todas as condições consideradas necessárias para se atingir o sucesso desportivo. Contudo, em momento algum deve contribuir para jogar com regras diferentes. E em Portugal, ao decidir-se que apenas seis clubes podem ter equipas B a jogar na 2.ª Liga, é isso que está a acontecer. E a questão não se resolveria possibilitando que os restantes 10 membros do escalão principal tivessem equipas B nas divisões inferiores. Na época de recuperar este modelo todas as equipas da 1.ª Liga deviam poder ter equipas B e jogar na mesma divisão. Tudo o que não seja assim é, no mínimo, injusto.