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Olhos de ver

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Com Ronaldo? ?à Ronaldo? é mais fácil

17 Junho, 2012 645 visualizações

Tinha pedido para alguém avisar Cristiano Ronaldo de que havia jogo neste domingo e, pelos vistos, o assunto foi tratado. O madeirense fez uma exibição fantástica e guiou Portugal até ao triunfo frente à Holanda (2-1) e, mais importante, rumo aos quartos-de-final do Europeu, já que os alemães não foram em arranjinhos com a Dinamarca.

Com uma exibição “à Ronaldo”, do calibre de tantas que estamos habituados a vê-lo fazer ao serviço do Real Madrid, o capitão elevou a fasquia e, sem surpresa, aproveitou o espaço que a Holanda lhe ofereceu. No final, para além da importante e motivadora vitória, foi possível contabilizar 12 remates da nossa estrela. Dois acabaram no fundo da baliza, outros tantos embateram nos ferros, cinco foram parados pelo guarda-redes e três foram ao lado. Pelo meio, ainda mais três assistências, uma desaproveitada de forma impensável por Nani.

Quando Ronaldo joga aquilo que está ao seu alcance… Portugal pode ganhar a qualquer equipa no Europeu ou no Mundial. Estou cansado de o dizer e escrever: só Messi pertence ao mesmo “campeonato” de CR7. E como o argentino não alinha em torneios de selecções do Velho Continente, Ronaldo pode e deve mostrar ser o melhor futebolista entre todos os que estão a competir nos relvados polacos e ucranianos.

Não sei se Ronaldo engatou uma prestação tão boa devido ao excessivo adiantamento dos holandeses, se se cansou de ser criticado, se foi apenas feliz desta vez ou se ganhou uma motivação suplementar por se tratar da data de aniversário do seu filho. O que sei (já sabia, apenas confirmei pela enésima vez) é que quando tem a cabeça limpa, este rapaz consegue fazer quase tudo dentro de um campo de futebol. Marcou duas vezes e podiam ter sido três, quatro ou mais.

Mas, nesta altura, seria injusto falar apenas em Ronaldo. Ele foi o melhor – e será sempre que faça o que está ao alcance do seu potencial – mas não jogou sozinho, nem sequer foi o único a brilhar. Pepe, por exemplo, esteve sublime, confirmando ser, de momento, um dos centrais mais fortes do planeta. Imperial com a bola no ar ou junto ao solo, voltou a ser uma fonte de segurança para todo o sector recuado, onde os laterais foram esforçadíssimos (a defender e atacar, com destaque para a assistência de João Pereira), Bruno Alves “limpou” o que precisava de ser “varrido” e Patrício esteve seguro.

Na zona central, Moutinho esteve sempre muito bem e foi importante na primeira parte a seguir ao golo da Holanda, ao colocar ordem na equipa. Miguel Veloso (de quem não sou particular adepto) ocupou bem os espaços, foi um precioso auxiliar do quarteto defensivo e soube posicionar-se na transição defesa-ataque. Meireles não atingiu o nível normal porque, penso eu, “rebentou” fisicamente.

Na frente, Postiga foi o lutador de sempre, prendeu bem a bola e marcou… em fora-de-jogo. Nani, pese todo o esforço e os passes bem medidos, falhou na finalização. E se falhou. Acredito que já agendou o seu momento para quinta-feira, pois também ele – como Ronaldo – tem de deixar marca nesta competição.

E por falar em quinta-feira – e sem qualquer menosprezo pela equipa checa – convém assumir, sem rodeios, que Portugal é favorito. Agora, precisa é de actuar concentrado e sem medo de pegar no jogo logo de entrada. Sim, convém ser dominador como aconteceu no embate com a Dinamarca e não dar de avanço como nos jogos com Alemanha e Holanda. É que essa “táctica” nem sempre produz bons resultados. Com tudo normal, a vingança de 1996, da “chapelada” de Poborbsky, está aí à porta. Isso e (para já) a presença nas meias-finais…