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A época futebolística ainda não acabou. Longe disso, pelo que, efectivamente, o Sporting é a única formação nacional que ainda se pode dar ao luxo de ganhar as quatro competições em que está inser..." /> Alvalade a ferro e fogo - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Alvalade a ferro e fogo

20 Janeiro, 2012 695 visualizações

A época futebolística ainda não acabou. Longe disso, pelo que, efectivamente, o Sporting é a única formação nacional que ainda se pode dar ao luxo de ganhar as quatro competições em que está inserida. No entanto, se por volta do Natal, adeptos, dirigentes e equipa falavam disso com propriedade, agora ninguém se atreve a abordar o tema. De momento, são os seguidores dos clubes rivais que brincam com a questão. E fazem-no porque, sem rodeios, os últimos indicadores apontam para mais uma temporada cinzenta por parte dos leões. Significa isso que, em Alvalade, não vai haver, lá mais para a frente, um único motivo de festa? Não, apenas e só que, por agora, o cenário é duro e que, o “bolo” mais desejado (o campeonato), acabará noutra “mesa”…

O Sporting, pela enésima vez, resolveu mudar de paradigma no derradeiro defeso. Trocou quase tudo, optando por fechar um ciclo que, como tem sido habitual, serviu basicamente para “queimar” treinadores e gastar dinheiro. Compreendi que o fizesse. Mais: acreditava (e ainda sinto isso) que iria recuperar algum terreno em relação a FC Porto e Benfica. Contudo, ao invés de muita rapaziada cheia de boas intenções – ou incapaz de lidar com a realidade -, jamais considerei provável que o título nacional pudesse sair da rota do Dragão ou da Luz.

O Sporting, por culpa principalmente dos seus dirigentes, vive ciclicamente com um problema grave: considera que as equipas ganhadoras se fazem de um dia para o outro, que não é preciso tempo para os técnicos conhecerem os jogadores ou para os atletas encaixarem nos métodos de quem dirige. Basicamente, por aquelas bandas, há muita gente que fala com o coração, mas com pouca razão. Esse é o primeiro passo para tudo ruir ao mínimo abanão. Até porque aqueles que admitem ser necessário dar tempo ao tempo… mudam de opinião após meia dúzia de vitórias consecutivas.

Depois de uma pré-temporada de 8 e 80, os leões entraram mal na Liga. Tanto que ninguém me tira da cabeça que uma eventual derrota em Paços de Ferreira – jogo em que a 15 minutos do fim os lisboetas perdiam por 2-0 – poderia ter precipitado a saída do Domingos. Depois, com algumas exibições positivas, com Rinaudo e Wolfswinkel em alta, mas também com vários jogos em superioridade numérica, a equipa serenou e logo as previsões sem nexo apontavam para uma época histórica. Porém, bastaram aparecer os jogos com os rivais e tudo começou a ficar diferente. Tanto que, por agora, Académica, Nacional ou Moreirense parecem ser Benfica ou FC Porto.

O Sporting tem melhor equipa esta temporada. E está melhor orientado. Mas continua muito longe do poderio (analisando em várias vertentes que não apenas a desportiva) dos rivais. Saber conviver com isso e prosseguir, paulatinamente, o seu caminho era a melhor solução, mas já se percebeu que Godinho Lopes – e não só – não consegue controlar-se. As declarações de optimismo exacerbado, aliadas às denúncias nunca confirmadas sobre atitudes de Luís Filipe Vieira no dia do duelo com o Benfica, passando pela concordância com a colocação de imagens de mau gosto no túnel de acesso ao relvado de Alvalade (na génese até concordo que cada clube pode e deve lá colocar o que bem entender), depois trocadas por uma versão absurda reflecte bem que, para não variar, no reino do leão… reina a confusão. Tanta que até alguém se lembrou de dizer o que as autoridades disseram sobre o tema, ignorando que ninguém as tinha consultado.

O Sporting, é verdade, prossegue em quatro frente mas, por agora, poucos sabem onde está o Norte ou o Sul. E recuperar o passo, perante casos como o de Bojinov, afigura-se complicado.

PS – Vejo na tv as imagens da apresentação do musical do Sporting e fico sem palavras. O gosto da coisa seria sempre questionável, mas apresentá-la horas depois do “filme” do jogo com o Moreirense foi… surreal. Ninguém se lembrou de adiar a cerimónia para data mais oportuna, nem que fosse necessário alegar indisposição de um dos participantes?!