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Pese dois sustos nos derradeiros 15 minutos, confirmou-se aquilo que previ para a partida de Zenica: Portugal possui uma equipa incomparavelmente mais poderosa que a Bósnia. Quem, por alguma razão..." /> Faltou marcar no batatal - Olhos de ver - Record

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Faltou marcar no batatal

12 Novembro, 2011 668 visualizações

Pese dois sustos nos derradeiros 15 minutos, confirmou-se aquilo que previ para a partida de Zenica: Portugal possui uma equipa incomparavelmente mais poderosa que a Bósnia. Quem, por alguma razão, insistiu em dizer que a Selecção Nacional não era favorita neste duelo final de acesso ao Europeu do próximo ano errou na análise. Ainda assim, claro, convém ter sempre presente que ser mais forte, jogar melhor ou ostentar o estatuto de favorito não garante nada. É preciso colocar a bola na baliza contrária.

A equipa comandada por Paulo Bento fez 45 minutos de grande qualidade naquele impensável batatal que a UEFA, se fosse uma instituição séria, jamais validaria como anfiteatro de uma prova oficial. A forma como, durante toda a primeira parte, os bósnios foram impedidos de “jogar” deixou bem evidente que, enquanto uns tentam aceder à divisão principal do futebol internacional, outros – mesmo com problemas evitáveis pelo meio – são membros de pleno direito dessa elite.

Concordo com as palavras de Paulo Bento: o empate, tendo em conta o que se passou nos 90 minutos, foi injusto para a Selecção. Aliás, creio que a Bósnia não estar a perder logo ao intervalo foi bastante simpático para os pupilos de Susic que, tendo valor, jamais poderiam assustar um conjunto mais batido, com outras soluções.

Tal como na visita anterior a Zenica, Portugal mostrou que nem o facto da partida se realizar num pseudo-relvado é suficiente para anular a sua maior qualidade. Os bósnios, que parecem possuir um qualquer curso de “espertice saloia”, ainda não perceberam que independentemente do local do jogo a técnica portuguesa será sempre maior. E também não atingem que a opção pela horta não ajuda os seus elementos mais evoluídos. Enfim…

Em condições normais, após um 0-0 fora, a minha confiança em relação ao apuramento deveria ter aumentado. Só que, pela simples razão de não termos conseguido marcar, não sinto que isto esteja já decidido, nem tão-pouco muito encaminhado. Os bósnios causam-me mais apreensão a jogar em contra-ataque. E, pior que isso, vêm a Lisboa jogar para dois resultados, pois qualquer empate com golos será suficiente para seguirem em frente.

Na Luz, com o público a poder mostrar aos bósnios que não há infernos com 12/13 mil pessoas, Portugal terá de manter a atitude mandona de Zenica, ser paciente, tirar o devido rendimento das suas principais armas (Ronaldo à cabeça) e revelar eficácia. Marcar um golo a abrir, estou convicto, será suficiente para acabar com o adversário. O meu receio é se são eles a acertar primeiro na baliza, pois isso colocaria uma pressão imensa em cima dos nossos homens. Ainda assim, se em três jogos não nos marcaram golo algum, só há que acreditar que também não será desta.

PS – Sublime a exibição de Pepe na Bósnia, em contraste com um Nani irreconhecível que podia (e devia) ter sido rendido por Quaresma.