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O FC Porto empatou em Olhão; o Benfica saiu com uma igualdade de Braga e o Sporting superou, em casa, a União de Leiria. Se acrescentarmos que o Sp. Braga já recuperou a competitividade de anos an..." /> Temos campeonato - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Temos campeonato

7 Novembro, 2011 623 visualizações

O FC Porto empatou em Olhão; o Benfica saiu com uma igualdade de Braga e o Sporting superou, em casa, a União de Leiria. Se acrescentarmos que o Sp. Braga já recuperou a competitividade de anos anteriores e que o Marítimo, sem ninguém dar por ele, está a fazer uma temporada sensacional… podemos dizer que temos campeonato!

Assumo que, face à forma como as coisas decorreram no começo da época, não esperava que, por esta altura – com um terço da prova cumprido – o equilibrío fosse tão evidente no topo da classificação. A verdade é que FC Porto e Benfica perderam alguma da sua energia, enquanto leões, minhotos e insulares têm feito um trajecto em sentido contrário, em crescendo.

Perante o actual cenário, não estou nada contente com a paragem que a Liga vai conhecer. Bem sei que o “playoff” da Selecção merece todas as atenções, que também é preciso disputar a Taça de Portugal, mas admito que, face ao momento, o que mais me apetecia era ver a jornada 11, já no próximo fim-de-semana (até estou de férias…), repleta de emoção. E por acaso repararam que, para além do sempre apetecível clássico lisboeta, a ronda seguinte também comporta um FC Porto-Sp. Braga e até um derby madeirense entre Nacional e Marítimo?

A Liga lusitana, que muitos teimam em considerar de valia reduzida, tem vindo a ganhar competitividade ao longo dos últimos tempos. E deve cada vez menos às grandes provas europeias. É verdade que, alguns dos emblemas cá da nossa terra praticam um futebol fraquinho, de nível duvidoso, e seriam muito provavelmente “amachucados” se tivessem de alinhar noutras paragens. No entanto, quem costuma ver o que nos chega lá de fora também já percebeu que há muita mísera nas provas tidas como da “primeira linha”. Ou, assim de repente, aquela rapaziada que passa a vida a apanhar 5,6 e 7 de Real Madrid e Barcelona são exemplo para alguém? Ou preferem o entusiasmante futebol gaulês, ideal para quem sofre de insónias? Ou as equipas do fundo da tabela de Itália que passam horas até marcar um golo ou aquelas que, na Alemanha, encaixam golos das maneiras mais estranhas?

Portugal tem uma liga cada vez mais forte, mais respeitada. Não é por acaso que as equipas nacionais têm tido comportamento relavante nas competições europeias, nem é por decreto-lei que os nossos representantes já somaram pontos suficientes para colocar o país no quinto lugar do “ranking” da UEFA. Isso são sinais de evidente crescimento. Só é pena que, na grande maioria dos casos, essa evolução seja atingida à custa da exagerada aposta em futebolistas estrangeiros. Por mais que me falem dos tempos modernos, da globalização, do mercado único, disto e daquilo, recuso a concordar com um regulamento que não determina um número máximo de estrangeiros ao dispôr de cada equipa por jornada. E também não entendo o que leva os clubes, nomeadamente os mais fortes, a apostar na valorização de jovens sul-americanos, africanos ou chineses enquanto se esquecem de dar minutos aqueles que, mesmo sem o fulgor do passado, continuam a fazer com que as selecções jovens portuguesas tenham resultados interessantes. Ao contrário da opinião de muitos, para mim era possível andar para a frente, ter resultados ao nível dos clubes e da Selecção, lançando essencialmente portugueses…

PS – No Dragão, após mais um deslize, Pinto da Costa resiste a mexer no comando técnico. É estranho, muito estranho…

PS 1 – O que se passou no Sp. Braga-Benfica (estou só a falar do jogo, o que aconteceu depois merecerá um outro artigo…) é digno de figurar num livro de anedotas. Uma primeira parte com 80 minutos e três longas interrupções é um péssimo serviço à modalidade. Os futebolistas só jogaram praticamente 65 minutos em condições e o público pagou uma pequena fortuna (em tempo de crise) para pouco mais de meio espectáculo. Não faz sentido!

PS 2 – Sou um admirador da forma raçuda como João Pereira joga futebol. Aprecio, inclusive, a maneira empenhadíssima como um confesso benfiquista defende uma camisola rival numa enorme demonstração de profissionalismo. No entanto, não posso deixar de assinalar a inacreditável agressão que cometeu no jogo com a União de Leiria. Os anos passam, mas a sua queda para estragar o que faz de bom em campo continua a ser grande. É pena!