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O jogo do Benfica com o Basileia não foi muito diferente daquele disputado na Luz, dias antes, perante o Olhanense. A diferença, substancial, é que as águias conseguiram derrotar os algarvios (com..." /> Benfica: marcar cedo e adormecer - Olhos de ver - Record

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Benfica: marcar cedo e adormecer

3 Novembro, 2011 560 visualizações

O jogo do Benfica com o Basileia não foi muito diferente daquele disputado na Luz, dias antes, perante o Olhanense. A diferença, substancial, é que as águias conseguiram derrotar os algarvios (com isso mantiveram-se lado a lado com o FC Porto na liderança do Campeonato) e não foram além de uma igualdade com os suíços (e assim desperdiçaram a primeira oportunidade de assegurar a qualificação para os oitavos-de-final da “Champions”).

Em ambas as partidas, os encarnados começaram por fazer aquilo que historicamente lhes compete quando actuam diante dos seus adeptos: lançaram-se ao ataque, na tentativa de cedo alcançarem a vantagem no marcador. E se a intenção era essa, com justiça, rapidamente acertaram nas redes contrárias.

Em teoria, quando uma equipa mais forte consegue, em casa, marcar cedo diante adversários menos poderosos, costumam dizer-se que meio trabalho já está cumprido. Contudo, essa tese antiga não se compadece com súbitos (e estranhos) adormecimentos. E foi isso que sucedeu com os pupilos de Jorge Jesus nas últimas duas partidas.

Com o Olhanense, nem o facto de o “placard” ter chegado aos 2-0 com menos de um quarto de hora cumprido foi suficiente para que, nos deradeiros instantes, a equipa não jogasse sobre brasas, temendo um lance meio fortuito que poderia provocar a perda de 2 pontos (Djalmir chegou a ter ocasião para selar o 2-2 no período de compensação). Perante os helvéticos, a vantagem das águias nunca ultrapassou o 1-0, embora nos primeiros 20/25 minutos não tivesse surpreendido mais um golo encarnado (ficaram sérias dúvidas num lance na grande área do Basileia). Contudo, na segunda parte, os helvéticos estiveram sempre na mó de cima, marcaram um golo e deixaram a ideia de que, se fossem mais atrevidos, talvez pudessem vencer.

O Benfica não devia, por acreditar que os jogos ficam resolvidos quando chega à vantagem, deixar que opositores menos cotados ganhem confiança e possam, contra as previsões, assegurar resultados positivos depois de terem estado “encostados à parede”. Afinal, parece que a lição de Barcelos, perante o Gil Vicente, logo na abertura do Nacional, não foi devidamente assimilada. Ou então já terá sido esquecida. Se calhar convém recordar que é esse empate, depois de fáceis 2-0, que impede a liderança isolada no Campeonato…

PS – A substituição de Luís Martins por Miguel Vítor, na segunda parte do duelo com o Basileia, foi uma má decisão de Jesus (ou Raul José). O jovem estreante não estava a ter uma noite isenta de erros, Shaqiri era o adversário mais perigoso, mas daí a gastar uma troca com isso pareceu um exagero. E não serviu rigorosamente para nada.

PS 1 – É cada vez mais evidente que o Benfica funciona de forma bem distinta com ou sem Aimar. E também já é da tradição ver o argentino substituído. A questão é que nem sempre ele dá mostras de estar cansado. E quando não está e a partida segue em aberto… tirá-lo não é grande ideia.

PS 2 – O empate das águias com o Basileia era perfeitamente evitável, pese os suíços terem jogado melhor em Lisboa do que em casa. Ainda assim, o apuramento para os “oitavos” da Liga dos Campeões parece perfeitamente controlado. É que o visto até pode aparecer já na ronda seguinte, inclusive perdendo em Manchester…