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Olhos de ver

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Quando começa a NBA?

28 Outubro, 2011 504 visualizações

Não faço ideia o número de vezes que, “in loco”, através de telefone, “mail” ou pelo twitter, me colocaram a questão que escolhi para título deste “post”. Mas, se isso não me causa desconforto algum, ter a perfeita consciência que ninguém pode responder com exactidão à pergunta é que me deixa zangado. Pior: já não rejeito a possibilidade de, pura e simplesmente, a temporada não se realizar.

Mesmo sabendo que muitos milhões de dólares separavam as pretensões de patrões e jogadores, sempre fui daqueles que acreditavam numa solução airosa para o diferendo. Desconfiava que, aquando do momento exacto, iria imperar o bom senso. Enganei-me. E muito. Pelo que tenho lido na imprensa norte-americana, ninguém (ou muito poucos) está na disposição de ceder e, assim sendo, parece que todos decidiram caminhar, de mãos dadas, para um buraco que, bem pior que colocar em causa a temporada 2011/12, deverá lançar sérias nuvens para o futuro a curto prazo da competição.

Quem já teve oportunidade de navegar pelos sites da especialidade nos Estados Unidos facilmente percebeu que existem opiniões para todos os gostos. Já encontrei algumas que qualifico de inteligentes e outras como absurdas. Pessoalmente apreciei imenso as palavras de Derrick Rose. E juro que, neste caso, o facto de o rapaz ser o base dos “meus” Chicago Bulls é uma mera coincidência. De forma directa, sem rodeios, o jovem assumiu que esta é uma guerra entre pequenos e grandes milionários. Definição sucinta, mas certeira.

É precisamente por saber que a NBA, há longas décadas, dá muito dinheiro a ganhar a muita gente que não me conformo com este impasse que, naturalmente, já deixou de ser uma disputa laboral, para se transformar numa questão pessoal entre duas facções, numa guerrilha de egos. Faz sentido contribuir para a desvalorização de um activo gigantesco só porque em vez de gastar x milhões por ano se pretende poupar 4, 5 ou 6 por cento? Faz sentido batalhar sem cedências para poder assinar contratos de x milhões em vez de auferir menos 4, 5 ou 6 por cento?

As disputas laborais no desporto profissional norte-americano têm tido, historicamente, desenlaces aceitáveis. Basicamente porque os intervenientes, pese as suas evidentes diferenças de opinião, nunca deixaram de ver a “big picture”. Até agora. Neste momento, a incapacidade para ceder parece estar a cegar os dirigentes dos dois lados. E a cada dia que passa ambos estão a perder dinheiro e credibilidade. Será que não percebem isso?

PS – As últimas informações que chegam desde Nova Iorque apontam no sentido de uma considerável aproximação entre as partes. Não sei se será assim. Garanto é que não passo mais nenhuma madrugada à espera de novidades.